terça-feira, 2 de outubro de 2012

O Poder Divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos


Realizamos hoje à noite, como fazemos todas as terças-feiras, mais uma reunião de estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Eis as questões examinadas na reunião:
1. Nas causas do processo obsessivo que envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?
2. Por que eles, cúmplices no crime mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?
3. A doutrinação dos Espíritos, feita nas sessões mediúnicas, produz resultado efetivo?
4. Que significa duplo etérico?
5. Pode o corpo perispiritual, em virtude de sua maleabilidade, assumir diferentes aspectos?
6. Numa sessão mediúnica, de que forma podemos elevar o padrão vibratório do conjunto?

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Após um rápido debate em torno das questões citadas, foram apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo aos assuntos da noite. A seguir, as respostas dadas às questões em foco:

1. Nas causas do processo obsessivo que envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?
Sim. Seu esposo fora, no passado, um companheiro nocivo que a induziu a envenenar o pai adotivo, exatamente o verdugo desencarnado que a perseguia agora. Herdeira de considerável fortuna, com testamento garantido, em sua condição de filha única, ela matou o pai com receio de que ele mais tarde alterasse o documento. O crime aconteceu em aristocrática mansão do século 19. O viúvo abastado, que a adotara e criara com desvelado carinho, não concordou com a escolha feita por sua filha. O moço com quem ela pretendia casar-se não lhe agradava, pois parecia mais interessado nas suas finanças do que na felicidade da jovem insensata. Procurou, então, subtraí-la à influência do noivo, sem nenhum sucesso. Indignado, cuidava das medidas legais para deserdá-la, quando o jovem, explorando a paixão de que a moça se via possuída, induziu-a a eliminá-lo, através de entorpecentes contínuos, completando o serviço com diminuta dose de corrosivo. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 10, pp. 90 a 93.)

2. Por que eles, cúmplices no crime mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?
Ele, que idealizara o crime, reapareceu na vida dela, na condição de marido, com a tarefa de ajudá-la e reeducá-la. A união dos cúmplices em novo matrimônio era sintomática. O Poder Divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos. "No matrimônio, no lar ou no círculo do serviço – explicou Aulus –, somos procurados por nossas afinidades, de modo a satisfazer aos imperativos da Lei de Amor, seja na ampliação do bem, ou no resgate de nossas dívidas." O amigo que inspirou a ação deplorável era agora chamado a ajudá-la na restauração imprescindível. (Obra citada, cap. 10, pp. 93 e 94.)

3. A doutrinação dos Espíritos, feita nas sessões mediúnicas, produz resultado efetivo?
Sim. Diz Aulus que o impacto da doutrinação não é perdido. Noite a noite, de reunião a reunião, na intimidade da prece e dos apontamentos edificantes, os enfermos – as vítimas encarnadas e o perseguidor desencarnado – vão-se, aos poucos, renovando. "O perseguidor compreenderá a necessidade de perdão para melhorar-se, a enferma fortalecer-se-á em espírito para recuperar-se como é preciso e o esposo adquirirá a paciência e a calma, a fim de ser realmente feliz." Em face disso e cientes de que ninguém avança para diante, com a serenidade possível, sem pagar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edificando com o bem, sempre. (Obra citada, cap. 10, pp. 94 a 96.)

4. Que significa duplo etérico?
O perispírito ou "corpo astral" de um encarnado encontra-se revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo carnal. A esses eflúvios, em seu conjunto, é que se dá o nome de "duplo etérico", que é formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tal como se dá com o corpo físico, por ocasião da morte. (Obra citada, cap. 11, pp. 97 a 99.)

5. Pode o corpo perispiritual, em virtude de sua maleabilidade, assumir diferentes aspectos?
Sim. Foi o que ocorreu com o médium Antônio Castro que, uma vez desprendido do corpo, não envergava o vestuário azul e cinza que, como homem, trazia, mas sim um roupão esbranquiçado e inteiriço que descia dos ombros até o solo, ocultando-lhe os pés. Aulus informou que Castro usava as forças ectoplásmicas que lhe eram próprias, acrescidas com os recursos do  ambiente. "Semelhantes energias – esclareceu – transudam de nossa alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose." Quando tiver mais experiência, Castro manejará possibilidades mentais avançadas, podendo assumir os aspectos que deseje, visto que o perispírito constitui-se de elementos maleáveis, que obedecem ao comando do pensamento, seja nascido de nossa imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa, mormente quando nossa vontade se rende à dominação de outros Espíritos, encastelados na sombra espiritual. (Obra citada, cap. 11, pp. 99 e 100.)

6. Numa sessão mediúnica, de que forma podemos elevar o padrão vibratório do conjunto?
O meio é a prece fervorosa, tal como ocorreu na sessão descrita por André Luiz. Sobre o assunto, Aulus disse que a oração do grupo constitui abençoado tônico espiritual, como mencionado pelo médium beneficiado pela prece, o qual disse: "Ah! sim, meus amigos, a prece de vocês atua sobre mim como se fosse um chuveiro de luz... Agradeço-lhes o benefício!... Estou reconfortado... Avançarei!..." (Obra citada, cap. 11, pp. 101 a 103.)

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Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog a síntese do estudo realizado, para que os interessados, se o desejarem, possam acompanhar as lições já examinadas.


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