sábado, 6 de outubro de 2012

Pérolas literárias (4)


Bendita sejas

Auta de Souza
 
Bendita sejas, mão piedosa e pura,
Em cujos doces dedos, de mansinho,
A caridade tece o brando arminho
Com que afaga a miséria e a desventura.
 
Estrela, fulgurando em noite escura,
És a consolação, a paz e o ninho
Dos aflitos, que choram no caminho,
Sob as chagas da sombra e da amargura.
 
Mão que repartes luz, pão e agasalho,
Coroada na glória do trabalho,
A refulgir em todas as igrejas!...
 
Por toda a gratidão que te abençoa,
Mão que ajudas, contente, humilde e boa,
Deus te guarde feliz! Bendita sejas!...
 
 
Auta de Souza, natural de Macaíba,  Rio Grande do Norte, desencarnou em  1901. O soneto acima foi psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

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