quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pílulas gramaticais (25)


Em determinados casos o uso do pronome “se” oferece dificuldade. Eis três situações em que ele não deve ser utilizado:
a) nas frases formadas por adjetivo seguido da preposição “de” mais o infinitivo:
- Fácil de entender (e não: “fácil de se entender”)
- Duro de fazer (e não: “duro de se fazer”)
- Difícil de realizar (e não: “difícil de se realizar”)
- Bom de ver (e não: “bom de se ver”)
- Passível de errar (e não: “passível de se errar”).
b) quando a preposição “de” mais infinitivo equivalem a um adjetivo:
- É de admirar (é admirável)
- Era de esperar melhor resultado (era esperável)
- Serão de temer novos retrocessos (são temíveis)
- É de notar (é notável).
c) Quando o pronome “se” não tem função alguma na oração:
- É preciso pensar nisso
- É hora de fazer o inventário
- É difícil conseguir a cura da aids
- É comum encontrar pessoas nessa esquina.

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Existem nomes que rejeitam o artigo definido. Eis alguns deles: Timor, Israel, Cuba, Malta, Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, frei, dom, madame, monsenhor.
Em face disso, não devemos dizer:
- Vim do Mato Grosso
- Estive no Mato Grosso
- Vi o dom Albano
- O frei Ambrósio é um bom homem.
- Viajei com o monsenhor Fernando.
Falemos então:
- Vim de Mato Grosso
- Estive em Mato Grosso
- Vi dom Albano
- Frei Ambrósio é um bom homem
- Viajei com monsenhor Fernando.


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