quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A lei da observação


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Um grupo de amigos conversava casualmente, e quando passei próximo, sem querer, pude ouvir a seguinte afirmação: – Durante a caminhada, precisamos olhar mais vezes para o céu; as dificuldades se tornam bem menores. Foram estas as palavras de uma senhora que, muito conhecedora, parecia.
Dirigi-me à seção de contos, onde estão reunidos os grandes clássicos desse gênero, mas mesmo com um livro na mão, não esqueci aquela frase que soou dentro de mim. Fiquei pensando e encontrava, a cada momento, mais razão naquela tão profunda mensagem.
Por alguns minutos, estive com um olho no livro e outro no grupo. Quanta verdade! – pensava, agora sentada na poltrona de leitura.
É realmente o que acontece. Quando olhamos para o céu: – Meu Deus, que dimensão! – tudo se torna, aqui embaixo, bem mais sereno e passível de progresso e felicidade. Durante o dia, o céu claro nos distrai com sua beleza e infinito, e à noite, suas estrelas incontáveis nos mostram que a vida tem cor: brilhante.
Depois da viagem dos pensamentos, percebi que o livro ainda estava aberto na minha mão, mas o grupo, com a senhora inspiradora dessa constatação, não mais.
Olhei para o relógio – dez para as dez da noite – hora de sair da livraria e voltar para casa. No retorno, olhei muitas vezes para o céu: – Que estrelas vivas... pareciam pulsar! –  não me cansava de admirar o infinito disfarçado de céu.
Desse dia em diante, quando passo por situações mais difíceis, olho para o alto e ele está lá... vibrante. Compreendo que, como eu, o céu é parte do universo, e se este conspira sempre a nosso favor – mesmo com as nossas falhas – e o bem alça voos mais altos, é mais do que natural escolhermos a trilha da luz, da verdade, da instrução e do amor, e caminhar na senda da vida sob um céu azul e consolador.


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