quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O abraço revive


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Um senhor, um pouco sisudo e de um humor não muito simpático, estava no recinto onde ocorreria uma palestra. Esta era de profundo ensinamento: trazia o conteúdo de como viver melhor consigo e com os outros, ou seja, com a vida.
Antes da apresentação do tema, alguns o cumprimentavam, pois era conhecido do local; porém, até o momento, todas as saudações eram de longe ou com o mais próximo contato –  um aperto de mão.
Mais uns minutos se passaram e um jovem rapaz o reconheceu e foi cumprimentá-lo.
– Professor... o senhor? Quanto tempo? – então o jovem o abraçou com todo carinho e admiração.
O homem, também um grande docente, aceitou o abraço e o retribuiu. Que momento revitalizador!
Logo, o rapaz se despediu e buscou um lugar vago mais à frente. O semblante do senhor havia mudado por completo, estava leve, mais feliz e iluminado.
Após um determinado tempo, a palestra terminou; o professor respirou fundo e se levantou com uma energia totalmente diversa da qual quando entrara no recinto.
Talvez a cara fechada não seja indício de alguém intratável, mas, sim, de quem quer ser abraçado e aceito com puro sentimento. O abraço não cura de uma vez, no entanto, prepara o interior para a atração do bem-estar.


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