quarta-feira, 20 de março de 2013

Sobre o mar e a gaivota


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Em todo lugar da ilha, o som do mar é ouvido; energia refazedora exala dele. As criaturas que vivem nesse ambiente natural possuem a luz dos olhos mais brilhante. O contato com a pureza lhes proporciona a leveza do ser.
Os delicados passos, na areia, eram rápidos, mas seguros; eles sabiam o que queriam. Ora corriam para sentir a água que chegava com a onda, ora recuavam para, só na orla da praia, ficar e observar. Algo sábio: a ave não se virava contra o sopro; seus olhinhos ficavam cara a cara com o vento energético expelido dos pulmões do mar.
Tinha por perto muitas companheiras; no entanto, compartilhava, certos momentos, com algumas, e sentia por outras afinidade maior, ou seja, vivia em comunidade, mas sabia  que o voo da vida era rasante, individual. E lá estava ela, conquistando a sua refeição; também conhecia sua responsabilidade, pois esse sentimento é doação do Pai para todos os seres vivos e se, por acaso, há criatura que ainda não despertou, sem dúvida, despertará.
O pôr do sol chegara. A ave sentia o calor da estrela laranja e compreendia sua mensagem. A percepção era, naturalmente, a de uma gaivota perante o horizonte. Estava feliz, mais um ciclo diário pôde vivenciar.
Viria o início da noite e depois a noite por inteira. Tudo continua. Não há importância se uma criatura está em um ou outro lugar, em um ou determinado tempo; o que importa é a sua compreensão de que viver é a mais profunda e linda oportunidade de progresso.    
No mar, no ar, na terra, hoje e sempre é motivo de celebração.
A gaivota alçou voo para seu descanso; amanhã, um novo brilho do Sol estará iluminando a natureza.
O fascínio da vida se apresenta de formas incontáveis de enredo; pode ser sobre o mar e a gaivota, ou sobre o mundo e nós.

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