terça-feira, 14 de maio de 2013

A mediunidade se encontra em toda a parte


Concluímos nesta noite o estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), livro psicografado pelo médium Chico Xavier. A reunião teve por local, como sempre, o miniauditório do Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina.

Eis as questões propostas:

1. Existem companheiros que não suportam qualquer manifestação primitivista no terreno mediúnico. Se o médium não lhes corresponde à exigência, revelando-se em acanhado círculo de compreensão ou competência, afastam-se dele, agastadiços. Que pensar a respeito disso?
2. Pode-se dizer que a mediunidade se encontra em toda a parte?
3. Como definir a família, à luz dos ensinamentos espíritas?

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Depois dos comentários pertinentes às questões propostas, foram lidas e discutidas as respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base pertinente à reunião da noite.

A seguir, as respostas dadas às perguntas a que nos reportamos:

1. Existem companheiros que não suportam qualquer manifestação primitivista no terreno mediúnico. Se o médium não lhes corresponde à exigência, revelando-se em acanhado círculo de compreensão ou competência, afastam-se dele, agastadiços. Que pensar a respeito disso?
A esse questionamento Aulus sorriu e, em seguida, afirmou: "Serão esses, provavelmente, os campeões do menor esforço. Ignoram que o sábio não dispensou a alfabetização no começo da existência e, decerto, amaldiçoam a criancinha que não saiba ler. Semelhantes amigos, André, olvidaram o socorro que receberam da escola primária e, solicitando facilidades, à maneira do morfinômano que reclama entorpecentes, viciam-se em atitudes deploráveis à frente da vida, de vez que tudo exigem para si, desrespeitando a obrigação de ajudar aos que ainda se encontram na retaguarda".  (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 29, págs. 276 e 277.)

2. Pode-se dizer que a mediunidade se encontra em toda a parte?
Sim. Pelo menos esse é o pensamento de Aulus. Segundo ele, a mediunidade como instrumentação da vida surge em toda a parte. “O lavrador é o médium da colheita, a planta é o médium da frutificação e a flor é o médium do perfume. Em todos os lugares, damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a manifestação, segundo as nossas possibilidades." Acrescentou Aulus, ao observar o operário   aplainando enorme peça: "Possuímos no artífice o médium de preciosas utilidades". "Da devoção com que se consagra ao trabalho, nasce elevada percentagem de reconforto à Civilização." E assim o instrutor se referiu ao escultor, ao singelo varredor incumbido da limpeza das ruas e ao juiz, "o médium das leis". "Todos os homens em suas atividades, profissões e associações – disse Aulus – são instrumentos das forças a que se devotam. Produzem de conformidade com os ideais superiores ou inferiores em que se inspiram, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e ideias de que se nutrem." (Obra citada, cap. 30, págs. 281 e 282.)

3. Como definir a família, à luz dos ensinamentos espíritas?
A família consanguínea é uma reunião de almas em processo de evolução, reajuste, aperfeiçoamento ou santificação. O homem e a mulher, abraçando o matrimônio por escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida, responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. Além do lar – diz Aulus – será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais espontânea e mais pura, uma vez que, na posição de pai e de mãe, o homem e a mulher, realmente credores desses títulos, aprendem a buscar a sublimação de si mesmos na renúncia em favor das almas que, por intermédio deles, se manifestam na condição de filhos. "A família física pode ser comparada a uma reunião de serviço espiritual no espaço e no tempo, cinzelando corações para a imortalidade”, afirmou o assistente. (Obra citada, cap. 30, págs. 283 a 285.)   

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Na próxima terça-feira realizaremos no mesmo local o seminário “A mediunidade e os seus cuidados”, cujo resumo será publicado neste mesmo espaço, para que o leitor, desde que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento do estudo efetuado.


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