quarta-feira, 8 de maio de 2013

As mãos de minha mãe


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR


Era uma conversa comum num sábado à tarde. Minha mãe folheou algumas páginas de um livro até encontrar uma passagem sobre as flores amarelas do campo; ela queria mostrar-me certa informação sobre a variedade incontável de flores dos cinco continentes.
A mão materna demonstrava os anos de dedicação, trabalho e carinho, para mim, realizados. Fiquei observando e tanto me veio à mente: a comida deliciosa todos os dias; a roupa bem cuidada para ir à escola; o carinho no cabelo, com a cabeça deitada no colo materno; o beijo no rosto antes de dormir.
Tempo querido e bem vivido até agora, e “regalo” abençoado de ainda hoje poder sentir as mãos de minha mãe em meu ser, em minha vida.
Mãe, ser maravilhoso que nos orienta e nos ama; que nos ampara e nos acalenta; que nos encoraja e nos fala as verdadeiras palavras edificantes.
A voz terna toca o coração. É o som da alegria quando, depois do labirinto, se encontra a saída, e quando, depois de um pesadelo, o afago materno abranda o batimento com um abraço carinhoso e intenso.
As mãos maternas trazem os sinais de tantos momentos sentidos, uns mais felizes, outros com maior complexidade; no entanto, elas apoiam e sustentam os filhos.
O sol, ao longo da vida, escureceu as costas dessas mãos e transformou sua pele, antes seda, em pétalas de rosas com as marcas da vivência... Mas rosas serão sempre flores.
Ainda, neste momento, posso acariciar essas mãos tão puras e amorosas que, na matéria, respeito e admiro e, na eternidade, com toda a ternura de hoje, essas mãos continuarei a amar.  

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