terça-feira, 20 de agosto de 2013

A ideia de expiação era comum ao tempo de Moisés

Realizamos nesta noite mais uma etapa do estudo do Deuteronômio, livro que faz parte do Pentateuco Mosaico. O estudo realiza-se no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, em dois horários: na terça-feira (18h30) e na quinta-feira (14h30).

Eis as questões propostas nesta noite para debate:

1. Obedecer às leis do Senhor traria vantagens ao povo?
2. A ideia de expiação era comum ao tempo de Moisés?
3. A escravização e dispersão do povo hebreu foram aí preditas?
4. As gerações futuras de Israel deveriam observar a aliança firmada?
5. Obedecer aos mandamentos seria uma condição indispensável?

*

Depois de um rápido debate acerca das questões acima, realizou-se o estudo da noite e foram apresentadas, ao final, as respostas dadas às perguntas propostas.

Ei-las:

1. Obedecer às leis do Senhor traria vantagens ao povo?

Sim. Vastas compensações Moisés prometeu aos que obedecessem às leis do Senhor: o povo seria bendito no campo e na cidade e benditos os frutos do seu ventre e das suas terras; diante deles cairiam os inimigos e seus celeiros seriam fartos. "O Senhor abrirá o seu riquíssimo tesouro, que é o céu, para derramar sobre a terra chuva em seu tempo; e Ele abençoará todas as obras das tuas mãos", asseverou Moisés. A única condição seria a observância e o cumprimento dos mandamentos do Senhor. Aos desobedientes estariam, ao contrário, reservadas maldições de toda espécie, no campo e na cidade; seu celeiro seria amaldiçoado e malditos os frutos do seu ventre e das suas terras. Os que não cumprissem os mandamentos seriam malditos ao entrar e ao sair, e o Senhor mandaria sobre eles a indigência e a fome, bem como a maldição sobre todas as suas obras, até reduzi-los a pó. O descumprimento ou a não observância das leis de Deus acarretaria: pestes e pobreza, febre e frio, calor e secura, ausência de chuvas, derrota diante dos inimigos, doenças como as úlceras do Egito, a sarna e o comichão, loucura e cegueira, calúnias e opressão. (Dt., 28:1 a 29.)

2. A ideia de expiação era comum ao tempo de Moisés?

Sim. Moisés estabeleceu um vínculo direto entre a desobediência à lei e os males daí advindos. Eis alguns deles: receber por sua uma mulher e outro dormir com ela; edificar uma casa e não poder habitá-la; plantar uma vinha e não conseguir colher seus frutos; imolar um boi mas não comer dele; ver seu jumento ser arrebatado ou suas ovelhas dar-se aos seus inimigos; ver seus filhos e filhas entregues a outros povos; perder as forças das mãos; não poder evitar que pessoas estranhas comam os frutos de sua terra e de seu trabalho; ser caluniado e oprimido todos os dias; ficar atônito de terror por coisas que seus olhos haveriam de ver; ser tomado de chagas nos joelhos, nas barrigas e nas pernas, sem poder ser curado desde a planta do pé até o alto da cabeça; ser levado, bem como o seu rei, a outra gente, ali servindo a deuses estranhos; ser reduzido à última miséria; lançar muitas sementes à terra, mas recolher muito pouco, porque os gafanhotos comeriam tudo; plantar a vinha, mas nada colher, porque os bichos a destruiriam; ter oliveiras em suas terras, mas não o azeite, porque tudo cairia, perdendo-se; gerar filhos que seriam levados cativos. (Dt., 28:30 a 48.)

3. A escravização e dispersão do povo hebreu foram aí preditas?

Sim, como se pode ver nesta passagem: "O Senhor mandará de longe e das extremidades da terra sobre ti uma nação, à semelhança da águia que voa impetuosamente, cuja língua tu não possas entender: nação atrevidíssima, que não terá respeito algum ao velho, nem se compadecerá do menino". Os filhos de Israel seriam sitiados dentro de suas portas. A miséria ali seria grande, a ponto de ter de comer o fruto do seu ventre e as carnes de seus filhos e filhas. A mesquinhez e a desdita reinariam soberanas. Viriam as pragas, as doenças malignas e incuráveis, e voltariam contra os filhos de Israel todas as aflições do Egito, e o Senhor ainda os espalharia por todos os povos, de uma extremidade a outra da Terra, onde viveriam em permanente aflição. (Dt., 28:49 a 68.)

4. As gerações futuras de Israel deveriam observar a aliança firmada?

Sim. Em seu discurso, Moisés advertiu seu povo de que a aliança firmada com o Senhor obrigaria também as gerações futuras. O respeito aos mandamentos e aos cultos estabelecidos pelo Senhor seria fundamental e sua felicidade futura dependeria disso. A desobediência, ao contrário, lhes traria desgraças e desolações. (Dt., 29:1 a 29.)

5. Obedecer aos mandamentos seria uma condição indispensável?

Sim. Isso pode ser deduzido da advertência seguinte de Moisés, que lhes lembrou que, quando viessem sobre o povo as bênçãos ou as maldições por ele anunciadas, e os israelitas, tocados de arrependimento, tornassem para Deus com seus filhos, e passassem a obedecer aos seus mandamentos, de todo o seu coração e de toda a sua alma, o Senhor os tiraria do cativeiro e se compadeceria deles, congregando-os de novo e circundando o seu coração e o coração dos seus filhos, para que assim amassem o Senhor seu Deus de todo o coração e de toda a sua alma, para que pudessem viver. E converteria todas as maldições contra os inimigos, desde que Israel voltasse a ouvir a voz do Senhor e a cumprisse, observando os seus mandamentos. (Dt., 30:1 a 20.)

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Na próxima terça-feira publicaremos neste blog o resumo do estudo realizado, para que o leitor, desde que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento de nossas reuniões.



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