terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O pequeno incidente não deve impedir a causa maior

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
     
Sem dúvida, o pequeno incidente não deve intimidar, muito menos, impedir uma ocorrência maior. Quando se organiza para a efetivação de algo nobre ou de contentamento edificante para uma ou mesmo maior número de pessoas, normalmente pequenas ações contribuem para a sua não-realização ou para a sua prática insatisfeita.
Caso os bons homens desistissem diante das pequeninas pedras no percurso e se sentassem, desanimados, à beira da estrada, incontáveis de nós estaríamos à sombra dessa fragilidade sem quase nada termos aprendido, experimentado, vivenciado nesta dimensão cujo sentido é simplesmente crescer e conquistar a liberdade para se viver.
Perante esse assunto, ilustro-o com um exemplo que dia desses presenciei durante uma apresentação de renomado cantor inglês. Durante uma das músicas, o cantor e também pianista foi atacado por inúmeros cavalinhos-de-deus, inseto que recebeu determinado nome pelo fato de que quando se encontra pousado ele mantém a imagem de uma pessoa em oração; no entanto, aquele imprevisto não o impossibilitou de continuar seu propósito: a música.
E o espetáculo avançou e a surpreendente visita dos tantos cavalinhos-de-deus trouxe graça, pois a pequenina criatura criada por Deus trará sempre a leveza onde quer que se encontre. A diferenciação de atitude frente aos imprevistos se dará pelo uso do livre-arbítrio de cada individualidade, já que somos criados de forma igualitária.
É assim! O curso sempre caminha um pouco mais rápido ou mais demorado, mas o tempo passa indistintamente. Se dia a dia é importante se lembrar dos desafios existentes, é ainda mais precioso a consciência de que há sempre o objetivo inquestionável que é a ascensão do espírito.
E naquela apresentação tão agradável à sensibilidade, tornou-se mais uma vez evidente que no percurso da vida haverá pedras maiores e as bem pequeninas, os sorrisos e as lágrimas, as venturas e as desventuras, ou seja, o yin e o yang em todas as circunstâncias. Basta a compreensão de que só se aprimora e ganha liberdade o coração que aprende a vivenciar de forma mais completa a vida.
Após a música... eram só cavalinhos-de-deus. Eles alçaram voo e buscaram uma nova parada apenas para saudar os outros companheiros de jornada.

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