terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Uma alma que começou a encontrar a paz


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
     
Calma. Foi o que minha alma começou a sentir quando despertou para o aprendizado de se aquietar, de se interiorizar, de olhar para o alto e compreender que há um condutor que, naturalmente, a liga ao espiritual, a Deus, mesmo sendo ela ainda este pequeno e simplório ser.
A alma de ontem não mais sou hoje, talvez sejam menos ou mais os acertos; porém, aprendi algo novo, vigiei-me para não mais cometer, por ora, o mesmo erro, encontrei pessoas que amo, refleti no contexto de que estou aqui, mas sou espírito... eterno.
No momento da prece, a fé abraça meu sentimento; é evidente, que há instantes mais profundos e duradouros e outros ainda bem mais aterrados, preocupados com os horários e compromissos. Estou feliz, no entanto, percebo, a cada novo raiar do Sol, que preciso me descobrir mais espírito e menos carne.
Tempo precioso é o dedicado ao encontro interior por meio de uma leitura edificante, pelos fios da prece que nos ligam ao bem.
Foi preciso querer compreender a dimensão de um conteúdo com o qual todos temos contato: o mundo... criação de Deus. O Pai está nas mais lindas paisagens e nos olhos da criança; no refazimento perante episódios marcantes; está na faculdade de amar, de viver; está no espírito que habita cada corpo apropriado – ou muito materializado, ou já mais refinado.
Sei que haverá muita labuta no linear da jornada, sei que minha alma aprenderá mais rápido ou não as novas lições, conforme o conteúdo e a minha disciplina; a luz eterna me confirmará vida nova; sei que chorarei e sorrirei, ampararei e serei amparada; no entanto, o mais radiante é quando a consciência decide se esclarecer e assimilar que a alma aqui é o espírito da eternidade.
Agora, na prece antes de dormir, me aproximo da meditação. Ainda que eu seja um foquinho de algo brilhoso mais a ser preenchido do que luz propriamente, minha alma, leve, está: como você, sou filha de Deus. Não sei o tempo que levará, mas meu impulso constante é para um cais, neste momento, ainda a perder de vista, denominado perfectibilidade, estado permanente da paz.
Com as palavras mentais envolvidas pela ternura amorosa da vida, fui me desprendendo do corpo mais denso e procurando, no universo, lugares mais sutis.
Quando retornei, o andamento continuava... mas a fé suspirou em meu peito a fim de me renovar.
Com o início da descoberta da paz, o entendimento pulsou-me renascido de que sou alma sob o céu infinito; sou ser com a centelha divina me apresentando à vida com tudo de melhor a desenvolver e conquistar; sou por enquanto faísca frente à razão real de viver; sou uma alma que começou, graças a Deus, a encontrar a paz.


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