terça-feira, 4 de março de 2014

A ternura da flor eternizada na mulher


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

(Esta é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher – 8 de março.)
                                
Muitas das doces coisas da vida se relacionam à mulher. As flores são um franco exemplo, pois trazem, em sua essência, singeleza e encanto; sabedoria e força para subsistirem às intempéries. São as flores que completam o campo sob o sol, sob a chuva, resfriando-se com o inverno, intensificando-se durante a primavera.
É o olhar de mulher que busca bem mais as belas paisagens; o melhor a extrair do ser humano, pois é capaz de gerar o filho, ser especial mantido em seu corpo para a formação adequada a fim de resistir às primícias e aos solavancos e, então, interagir com a vida. Mãe, que diante da mais forte dor do parto, no mesmo segundo, cria o mais sublime sorriso já com o filho nos braços.
Mulher que à noite chora baixinho e, com os raios do novo dia, respira fundo para conquistar seus objetivos tão almejados. Mulher que é mãe, é filha, é irmã, é esposa, é amiga; mulher que reveste a alma com sapiência, fé e força, pois além de se cuidar, há um grupo de pessoas dependente de seu cuidado, de seu afeto, de seu olhar com o brilho mais vivo, de sua mão para orientá-lo aos passos no melhor caminho.
É o ser, fisicamente, mais frágil; é a alma, nesta forma, mais amorosa, detentora dos mais profundos mistérios exacerbados na sensibilidade. Quando mãe, sem hesitação, deixa de ser individual para ser parte do seu filho; sente as mais fortes dores pela infelicidade de seu pequeno; transforma-se na mais valente criatura para protegê-lo.
Maria de Nazaré foi alma grandiosa revestida de mulher e, para a eternidade, já era o espírito magnânimo que embalou o Grande Mestre nos braços.
Madre Teresa de Calcutá, a mãe fraterna de filhos sem pais, desenvolveu meios pelo árduo trabalho peregrino de criar crianças já sentenciadas à morte, transformando-as em almas fortes com sorriso tranquilo.
Também Zilda Arns, médica dos aflitos e trabalhadora pelo resgate da vida, disciplinou-se a salvar crianças desnutridas em tenra idade sem promessa de viverem.
Cecília Meireles, com seus versos profundos, adentrou o universo pueril retratando a suavidade marcante do olhar de uma criança.
Simplesmente mulheres! Incrivelmente mulheres! Criatura, cujas próprias características, sabe que o sol sempre estará por trás da nuvem escura de chuva; que sua sabedoria apazigua o laço familiar e fortalece os abraços; que compreende que o carinho é mais respeitado que o grito ameaçador; que é capaz de doar de si mesma o pouco restante que a miséria não compra; que por meio de seu terno sorriso, muitas vezes, é capaz de pôr fim a uma briga secular.
Então, como tanto se assemelham a flor e a mulher, nada mais justo que, ao céu, agradecer, também pedir a proteção para este ser.
Mulher... de ontem, hoje e futuramente... é a alma que graça possui, é a paciência que mesmo sem entender compreende o momento; é a esperança real nas produtivas empreitadas da vida; é o simples e o complexo; é a continuação da existência pelos filhos gerados ao mundo; é a luz, o acalanto, o sublime porto seguro dos também filhos intitulados amigos, familiares, conhecidos.
Ah, querida mulher... a você é ofertada a flor singular, o símbolo do amor. 

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