quinta-feira, 12 de junho de 2014

Almas gêmeas existem?



Uma leitora pergunta-nos se as expressões almas gêmeas e metades eternas significam a mesma coisa.
No tocante ao assunto suscitado por essa pergunta existem controvérsias mesmo entre os espiritistas.
Do ponto de vista literário, não há o que opor à tese das almas gêmeas. Trazendo, porém, o tema para a discussão espírita, como devemos encará-lo?
Segundo Emmanuel, almas gêmeas existem, sim. Diversos autores desencarnados respeitados em nosso meio, a exemplo de Jésus Gonçalves, André Luiz, Manoel P. de Miranda e Victor Hugo, o apoiam, porque todos eles se valeram dessa expressão em um e outro momento de suas obras.
Aceita a tese, a questão consiste em definir o que sejam almas gêmeas.
Lembremos que, segundo a doutrina exposta em O Livro dos Espíritos, não existem almas feitas aos pares, não existem almas idênticas a outras, e não se aplica aos Espíritos o conceito usual pertinente à palavra “gêmeas”, como a utilizamos quando nos referimos a crianças que nascem decorrentes de uma mesma gestação.
As almas gêmeas seriam pessoas que se buscam, que nutrem uma pela outra um carinho especial, e tal relação prossegue até que ambas atinjam o estágio da perfeição. Essa afeição nasce, certamente, de uma espécie de afinidade especial decorrente, talvez, do fato de haverem iniciado juntas o processo evolutivo. Esse era, aliás, o pensamento do saudoso confrade Hugo Gonçalves, fundador e diretor do jornal espírita O Imortal, de Cambé (PR).
Cabe-nos, por fim, dizer que Emmanuel tem razão ao afirmar que a tese das almas gêmeas nada tem que ver com as questões 298 a 303 d´ O Livro dos Espíritos, porque almas gêmeas não são o mesmo que metades eternas e é disso que Kardec tratou na referida obra.

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