sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pílulas gramaticais (112)


Observe esta frase: “Eis aqui, então, uma regra prática...”

Em vez de “eis aqui”, bastaria ter escrito: “Eis, então, uma regra prática...”, evitando a redundância, visto que o vocábulo “eis” significa “aqui está”.

Exemplos:
- Eis o vencedor da Copa (Aqui está o vencedor da Copa)
- Eis o que tenho de falar-lhes (Aqui está o que tenho de falar-lhes)
- Eis o filme de que lhe falei (Aqui está o filme de que lhe falei).

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Três outras observações sobre o uso do vocábulo “eis”:

1) A expressão “eis por que” escreve-se assim mesmo, com os vocábulos “por” e “que” separados.

Exemplos:
- Eis por que me afastei daquele grupo.
- Eis por que começou o conflito.

2) Devemos evitar o uso de “eis que”, quando for substituível por “uma vez que”.

Exemplos:
- Ele deve vencer o campeonato, uma vez que é o melhor time. (E não: Ele deve vencer o campeonato, eis que é o melhor time.)
- O recurso será rejeitado, uma vez que é inepto. (E não: O recurso será rejeitado, eis que é inepto.)

3) Se não for substituível pela locução “uma vez que”, é válido usar “eis que”:

Exemplos:
- Quando menos esperávamos, eis que se iniciou a confusão.
- Eis que surgiu finalmente a noiva tão esperada.

  

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