quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A sessão espírita não deve ser aberta a curiosos


Uma leitora de Presidente Prudente (SP) diz que frequenta há tempos uma reunião mediúnica aberta ao público, inclusive a crianças. Além de aberta, a reunião apresenta outros inconvenientes que ela menciona em sua carta, na qual nos pergunta que pensamos dos fatos por ela relatados.
Raul Teixeira disse certa vez, a propósito do movimento espírita, que este expressa o nível das pessoas que o dirigem. Segundo o conhecido confrade, “sempre que ele (o movimento espírita) esteja sob comandos ineptos e despreparados para esse comando, sofrerá as consequências dessa incapacidade”. O texto completo do que Raul disse pode ser visto clicando-se neste link http://www.oconsolador.com.br/ano5/214/raulteixeiraresponde.html
A mesma análise podemos aplicar ao centro espírita. Se as pessoas que o dirigem não estão preparadas para essa função ou desprezam deliberadamente o que as obras espíritas recomendam, a consequência será algo parecido com o que a leitora nos relatou.
No tocante às reuniões mediúnicas abertas ao público, repetimos aqui o que já escrevemos na revista “O Consolador” em mais de uma ocasião.
É preciso ter em mente – antes de tudo – que uma reunião mediúnica, especialmente quando seu objetivo é o esclarecimento das entidades desencarnadas, assemelha-se a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e infelizes que ali comparecem.
Esse fato é suficiente para que entendamos que a sessão não deve ser aberta a curiosos, uma advertência que Cairbar Schutel, Carlos Imbassahy e Spártaco Banal fizeram em obras publicadas antes do surgimento das obras de André Luiz no cenário editorial brasileiro.
Allan Kardec também havia tratado da questão quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Não seria, pois, diferente o entendimento de Divaldo Franco acerca do tema. “Nunca é demais recomendar – afirma o ilustre médium e tribuno baiano – que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.”
No cap. 21 do livro “Desobsessão”, André Luiz escreveu: "Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza”. “O serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades atormentam.”




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