quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A doutrina da metempsicose é, em verdade, um equívoco



Uma leitora pergunta-nos que diferença existe entre metempsicose e reencarnação.
A reencarnação é a volta de um Espírito a uma nova encarnação, processo que o Criador nos concede para atingirmos a meta de nossa evolução, de nosso progresso individual e do mundo em que vivemos. Não se deve confundi-la com metempsicose, porque a reencarnação dos Espíritos só se dá na espécie humana, enquanto a doutrina da metempsicose, que o Espiritismo não admite em nenhuma hipótese, admite a retrogradação, ou seja, a reencarnação de uma alma humana em corpos de animais e vice-versa.
A Doutrina Espírita é, no tocante a esse assunto, bastante precisa: o homem pode estacionar, mas nunca retroceder na sua caminhada rumo à perfeição. A doutrina da reencarnação, tal como ensinada pelo Espiritismo, se funda na marcha ascendente da Natureza e no progresso do homem, dentro de sua própria espécie. Ele pode, numa existência futura, renascer em um meio mais humilde, mais singelo, menos dotado de recursos materiais, mas será sempre ele mesmo, com a inteligência e as virtudes adquiridas ao longo do tempo por seu Espírito.
A doutrina da metempsicose não passa de um equívoco, mas é provável que sua origem repouse num fato verdadeiro, ou seja, a passagem do princípio espiritual, em seu processo evolutivo, pelos reinos inferiores da Natureza. Mas, chegado ao chamado reino hominal, não existe nenhuma possibilidade de reencarnar em corpos de criaturas pertencentes aos reinos inferiores à Humanidade. 
O Espírito só chega ao período de humanização depois de se haver elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores da Criação, como é ensinado na obra de Kardec, de Delanne e de André Luiz.


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