domingo, 21 de dezembro de 2014

Jesus não se encontra ausente



Neste domingo que antecede o Natal não nos seria possível deixar de acentuar, como já fizemos anteriormente, quão importante é a presença de Jesus em nossas vidas.
Governador espiritual do planeta, que administra com zelo desde os primórdios do nosso orbe, o Mestre não se encontra, como alguns pensam, ausente dos problemas e das grandes decisões relativas ao desenvolvimento do mundo e de nós que o habitamos.
Inúmeros fatos poderiam ser lembrados para mostrar como a ação de Jesus em benefício das pessoas se exerce em nosso meio.
André Luiz reporta-se ao assunto no cap. 1 do seu livro Obreiros da Vida Eterna, obra psicografada por Chico Xavier, publicada em 1946. Referimo-nos ao depoimento que o Instrutor Albano Metelo fez e André anotou nessa obra.
Albano Metelo relatou ao grupo de Espíritos que o ouviam sua experiência pessoal em busca da iluminação própria, que noutro tempo ele procurara atingir, apressadamente. A Luz o fascinava e, por isso, rompeu todos os laços que o retinham embaixo, encetando a jornada ascensional. No início, feriu-se nos espinhos pontiagudos da estrada e experimentou atrozes desenganos. Conseguiu, porém, vencer os óbices imediatos, ganhando, jubiloso, pequenina eminência. Olhando em torno de si, espantou-o, contudo e de modo intenso, a visão terrífica do vale: o sofrimento e a ignorância dominavam em plena treva. Disputas, ódios, egoísmo e a vaidade imperavam, criando sofrimentos por toda parte.
Metelo chegou a julgar-se feliz, diante da posição que o distanciava de tantas angústias. Mas, quanto mais se vangloriava, notou que em certa noite o vale fora invadido por refulgente luz. Que sol misericordioso visitava o antro sombrio da dor? Seres angélicos desciam, céleres, de radiosos pináculos, acorrendo às zonas mais baixas, obedecendo ao poder de atração da claridade bendita. Perguntou, então: "Que acontecera?" Um mensageiro espiritual lhe respondeu: "O Senhor Jesus visita hoje os que erram nas trevas do mundo, libertando consciências escravizadas".
Aquilo lhe serviu de grande lição. Para onde marchava seu Espírito, despreocupado da imensa família humana? por que enojar-se ante o vale, se o próprio Jesus trabalhava, solícito, para que a Luz de Cima penetrasse as entranhas da Terra? como subir sozinho, organizando um céu exclusivo para sua alma, lastimavelmente abstraído dos valores da cooperação que o mundo lhe prodigalizava com generosidade e abundância?
Albano Metelo deteve-se então e voltou nos próprios passos, porquanto, à medida que os Espíritos penetram o domínio das alturas, imprimem-se em sua mente e coração as leis sublimes da fraternidade e da misericórdia, tal como ocorreu com os grandes orientadores da Humanidade, que não mediram a própria grandeza senão pela capacidade de regressar aos círculos da ignorância, para exemplificar o amor e a sabedoria, a renúncia e o perdão aos semelhantes.
O relato que ora transcrevemos deve servir-nos de meditação nos dias que antecedem o Natal que se avizinha, em que a Terra enfrenta momentos conturbados, marcados por conflitos por toda parte, inclusive no países, como o Brasil, onde a população se declara, majoritariamente, adepta do Cristianismo.
Distúrbios nas ruas, crimes que não cessam, assaltos em plena luz do dia, violência nos estádios de futebol, corrupção generalizada em todos ou quase todos os níveis de governo, sem falarmos nas guerras que persistem em inúmeros países – eis o retrato de uma sociedade que, apesar dos esforços de Jesus e dos benfeitores espirituais, continua indiferente e alheia aos ensinamentos que o Meigo Nazareno nos legou há pouco mais de 2.000 anos.
Até quando isso ocorrerá?
A resposta a tal pergunta o próprio Jesus disse ignorar e os anjos também a desconhecem. Certamente, eis algo que somente o Pai sabe.
Quanto a nós, esperamos apenas que não demore muito...


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