terça-feira, 7 de julho de 2015

Um grande amor entre o brilho do sol e as estrelas


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Estou sentada na cadeira que há tanto me acomoda nos fins de tarde a meditar os dias, como agora faço mais uma vez.
Olho tão profundamente para o infinito dourado e posso ver a calma natural da vida, pois o ritmo frenético é o dos corações ainda em busca de um sentido, algo que os complete, mas se a vida é a própria completude...  Eu sei, a cada um, o seu tempo.
E suspiro o mel da vida, não que eu seja alguém com passos largos conquistados, não, não sou esse alguém, apenas me encanta a simplicidade. E como de onde estou posso ver o cair do sol tão tranquilo, também posso sentir toda essa tranquilidade. Aprecio imensamente os pássaros voltando aos ninhos; todos querem aconchego. E voam anunciando, com seu canto, mais um inteiro dia vivido e início da nova noite, véspera da manhã vindoura.
Ainda na linha do infinito, minhas lembranças revivem coloridas e o rosto de quem tanto amo sorri para mim. Olhos claros de alegria, seu pensamento me diz: “O tempo é contínuo e o sentimento eterno... tanto a amo, amor meu.”
Os meus olhos é que estão rasos, agora, da emoção vivida. E os outros olhos sorriem e se vão, felizes, eles têm muito trabalho a fazer onde estão. Apenas aceno, suavemente, com os dedos da mão direita, a mesma mão que escrevo. Com a mão esquerda seco os meus olhos. E continuo a olhar o infinito.
Sim, também sei que tão necessário é caminhar para o crescimento, libertação, desapego e conquista. Mas há aqueles companheiros de tantas jornadas e que tão profundamente amamos... e como os amamos. Por estarem juntos de nós pelo sentimento, tornam-se luz em todas as noites, tornam-se suave perfume de flores colhidas pela manhã.
Quando, por enquanto, não os temos em mesma dimensão, então, a lembrança nos socorre e a bondade divina nos aproxima de várias formas diferentes. Maravilhoso é esse encontro, reconfortante para o coração.
Há muitos dias aguardo esse momento. Foram tantos infinitos dourados a observar aguardando o presente de hoje à tarde. Sim, sei também que nunca é de acordo com nossa vontade, graças a Deus, mas deve ser quando for melhor para ambas as partes. O Céu sabe.
O vento começa a esfriar, vou para dentro. Para a varanda, voltarei amanhã de manhãzinha para ver o nascer do sol e os pássaros saírem a passear. Muitas estrelas já brilham e o dourado ainda não sumiu totalmente do céu. Há o tempo e o lugar. E os amores se procuram e, quando é permitido, se encontram. Porém, o mais grandioso é que os amores existem.
Dentro de casa está quentinho e preciso me aquecer. A vida quer que eu continue e acima do maior amor está ela, a vida, extraordinário e incomparável bem. Ainda importante é que eu também desejo continuar o curso do mágico espetáculo que é viver e poder, assim, conhecer e conquistar novos amores companheiros de jornada e, por meio do progresso, estar mais perto da luz, que não se apaga, chamada evolução.
Antes de fechar a porta, meus olhos se encontraram com uma estrela brilhosa no infinito céu. Não era a com o mais forte brilho, mas foi a que meus olhos encontraram e quiseram olhar, assim como os nossos amores.

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