sábado, 26 de dezembro de 2015

Machado e a Monarquia (I)


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Bom dia, querida leitora. E a você também, amigo leitor. Em minha última crônica comecei pedindo aos deuses para impedir o advento da República no Brasil e concluí com o Pai Nosso comentado dirigido ao Deus único, Nosso Pai. Agora, volto ao tema.
Com a monarquia, ao contrário da república, os projetos de longo curso têm continuidade. Não se começa uma obra, no governo monárquico, na qual se investirá milhões, para deixá-la inacabada; não se constrói uma estrada, como a Belém-Brasília, para depois abandoná-la e deixar as centenas de populações, formadas ao longo dela, isoladas por crateras que também impedem o escoamento de nossa produção comercial etc. etc.
Na monarquia, não é preciso fingir que o acesso aos poderes governamentais é facultado a qualquer cidadão do povo, quando se sabe que somente aqueles filiados escolhidos pelo partido têm condições para isso. Na monarquia, não se permite que bilhões sejam roubados e depositados em paraísos fiscais internacionais em benefícios pessoais ou de grupos corruptos. A casa régia não permitirá a evasão de divisas, com o consequente empobrecimento do seu reino. E, por fim, se o monarca se mostra incapaz, sua própria família, interessada no progresso do país, que também é o seu, o interditará e substituirá pelo primeiro herdeiro da linha sucessória da casa do rei e assim por diante.
O ideal para o Brasil seria a criação de uma monarquia parlamentarista.
Numa monarquia parlamentarista, o monarca exerce a chefia de Estado, cujos poderes e funções de moderador político são determinados pela Constituição. A Carta Magna pode estabelecer como atribuição exclusiva do monarca, em cláusulas pétreas, a resolução dos impasses políticos, a proteção da Constituição e a defesa dos seus súditos contra projetos-de-leis que contradigam as legislações vigentes ou não integrem os planos econômicos e sociais equânimes para todos os cidadãos.
A chefia de governo será exercida por um primeiro-ministro nomeado pelo monarca, dentre os indicados e aprovado pelos parlamentares, após a apresentação do seu gabinete ministerial e do seu plano de governo, podendo ser cassado pelo rei, a pedido do Parlamento e por meio de uma moção de censura.
Por fim, o rei só poderá alterar a constituição por decisão majoritária do parlamento formado pelos três poderes: executivo, legislativo e judiciário independentes e harmônicos entre si.
Faça uma pesquisa, meu caro leitor, verifique quais são os países mais prósperos do mundo e você se surpreenderá: entre as quinze mais ricas nações do mundo, ao menos dez são monarquistas.
As maiores ditaduras de todos os tempos foram republicanas. Exemplifico citando apenas três: a República Socialista Russa, a Nazista da Alemanha e a Comunista da China.
No Brasil, em nome da República, instalaram-se as mais corruptas desgovernanças de nossa história.
Atualmente, foi institucionalizada a corrupção, no governo, e sua total inversão de valores éticos. Com isso, o Ministério Público e o Poder Judiciário jamais tiveram tanto trabalho como agora, em que até um senador se encontra preso. E não é um senador qualquer. Ele foi líder do Governo petista. Os três poderes da República atuais têm, em seus quadros, membros suspeitos de corrupção e improbidade administrativa.
Por tudo isso sugiro o retorno da monarquia para o bem do Brasil ad referendum popular. (Conclusão no próximo sábado.)




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