sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Quando o médium abandona a tarefa...


Uma leitora enviou-nos a seguinte pergunta: – Por que um médium que deixa de frequentar as reuniões começa a enfrentar um problema atrás do outro? Isso seria uma forma de cobrança?
Cobrança não seria a palavra adequada; digamos que seja uma consequência da atitude tomada, sobretudo quando não há razões que a justifiquem perante a Lei de Deus.
As vicissitudes com que nos deparamos na Terra, que muitos chamam de problemas, fazem parte do processo evolutivo. Segundo o Espiritismo, para alcançarem a perfeição, os Espíritos têm de sofrer todas as vicissitudes da existência corporal (O Livro dos Espíritos, 132). O fato pode ocorrer, portanto, com qualquer pessoa, seja médium ou não, esteja trabalhando ou não.
No tocante especificamente às consequências advindas do abandono da tarefa mediúnica, é interessante examinar o que Divaldo Franco disse, em resposta a uma pergunta semelhante à feita pela leitora.
Eis as palavras do conhecido médium, que todos nós admiramos:

 “O êxito de qualquer atividade depende do exercício da aptidão de que se é objeto. A mediunidade, segundo Allan Kardec, ‘é uma certa predisposição orgânica’ de que as pessoas são investidas. A faculdade mediúnica é do Espírito. A mediunidade é-lhe uma resposta celular do organismo. Apresenta-se como sendo uma aptidão. Se a prática não é convenientemente educada, canalizada para a finalidade a que se destina, os resultados não são, naturalmente, os desejados. A pessoa, não conduzindo corretamente as suas forças mediúnicas, não logra os objetivos que persegue. Abandonando a tarefa a meio termo, é natural que isso lhe traga os efeitos que são consequentes do desprezo a que está relegada. Qualquer instrumento ao abandono é vítima da ferrugem ou do desajuste. Emmanuel, através da abençoada mediunidade de Chico Xavier, afirmou com lógica: ‘Quanto mais trabalha a enxada, mais a lâmina se aprimora. A enxada relegada ao abandono vai carcomida pela ferrugem’.
Quando educamos a mediunidade, ampliando a nossa percepção parafísica, desatrelamos faculdades que jaziam embrionárias. Se, de um momento para outro, mudamos a direção que seria de esperar-se, é óbvio que a mediunidade não desaparece e o intercâmbio que se dá muda de condutor. O indivíduo continua médium, mas, já que ele não dirige a faculdade para as finalidades nobres, vai conduzido pelas entidades invigilantes, no rumo do desequilíbrio. Daí dizer-se, em linguagem popular, que a mediunidade abandonada traz muitos danos àquele que dela é portador. Isso ocorre porque o indivíduo muda de mãos. Enquanto está no exercício correto de suas funções, encontra-se sob o amparo de entidades responsáveis. Na hora que inclina a mente e o comportamento para outras atividades, transfere-se de sintonia, e aqueles com os quais vai manter o contato psíquico são, invariavelmente, de teor vibratório inferior, produzindo-lhe danos.
Também seria o caso de perguntarmos ao pianista o que acontece com aquele que deixa de exercitar a arte a que se dedica no campo da música. Ele dirá que perde o controle motor, que as articulações perderam a flexibilidade, a concentração desapareceu e ele vai, naturalmente, prejudicado por uma série de temores que o assaltam, impedindo-lhe o sucesso. A mediunidade é um compromisso para toda ‘a vida’ e não apenas para toda a reencarnação. Porque, abandonando os despojos materiais, o médium prossegue exercitando a sua percepção parafísica em estágios mais avançados e procurando chegar às faixas superiores da Vida”. (Diretrizes de Segurança, 3ª edição, questão 26.)



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