domingo, 30 de outubro de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo



As crianças e seus amigos imaginários

Tema central do filme O Amigo Oculto, estrelado por Robert De Niro, as crianças realmente se entretêm com amigos imaginários?
No filme, De Niro vive o personagem David Callaway, que havia enviuvado recentemente e vivia, naquele momento, somente com sua filha Emily, de 9 anos. Emily tinha um amigo imaginário chamado Charlie, com quem costumava brincar de esconde-esconde.
Conforme depoimento de diversos psicólogos, as crianças se entretêm realmente com os chamados amigos imaginários, e o percentual dos casos apurados em todo o mundo revela que o fato é mais comum do que se pensa, ou seja, não é uma ou outra criança que diz conversar com amigos que ninguém vê. Seu número seria muito grande.
A questão que se impõe é, portanto, outra: – Os amigos supostamente imaginários são fruto da imaginação infantil ou seres reais que os adultos não veem, mas que as crianças veem e com elas conversam, como fazem os amiguinhos encarnados?
A vidência mediúnica, que Allan Kardec estudou em minúcias nos itens 100 e 190 de O Livro dos Médiuns, é assunto pacífico no campo da fenomenologia espírita.
Essa faculdade, que depende da organização física do médium, permite a este ver os Espíritos em estado de vigília, ou seja, estando o sensitivo perfeitamente acordado. Como os fenômenos mediúnicos não ocorrem à revelia das autoridades espirituais superiores, é claro que há Espíritos que se deixam ver e há outros que não são vistos, o que não significa que estejamos sós, porquanto os desencarnados habitualmente nos rodeiam.
A existência da mediunidade de vidência, informam os Espíritos, foi a primeira de todas as faculdades dadas ao homem para se corresponder com o mundo invisível. Em todos os tempos e em todos os povos, as crenças religiosas se estabeleceram sobre revelações de visionários ou médiuns videntes. Na Revista Espírita de 1866, págs. 120 a 123, Allan Kardec trata do assunto.
Um fato de vidência numa criança de quatro anos, verificado em Caen, levou Kardec a reconhecer que a mediunidade de vidência não apenas parecia, mas era, efetivamente, muito comum nas crianças, e isso, segundo o Codificador, não deixava de ser providencial. “Ao sair da vida espiritual, diz Kardec, os guias da criança acabam de a conduzir ao porto de desembarque para o mundo terreno, como vêm buscá-la em seu retorno. A elas se mostram nos primeiros tempos, para que não haja transição muito brusca; depois se apagam pouco a pouco, à medida que a criança cresce e pode agir em virtude de seu livre-arbítrio.” (Cf. Revista Espírita de 1866, pp. 286 e 287.)
Ninguém, pois, se assuste quando vir que seu filho anda a conversar com “amigos” que ele diz ver e que, no entanto, não vemos.
Até os sete anos de idade, o Espírito da criança encontra-se em fase de adaptação para a nova existência e ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica, fato que lhe permite emancipar-se e, eventualmente, ver vultos desencarnados que lhe fazem companhia, o que nos permite deduzir que os amigos imaginários das nossas crianças só o são na aparência. Eles não são imaginários, mas apenas invisíveis.



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