quinta-feira, 30 de março de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita




Finalidade da reencarnação e seu processo

Este é o módulo 21 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Qual é o objetivo da reencarnação?
2. A reencarnação do Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual?
3. Quando se iniciam e se completam os processos reencarnatórios?
4. Qual é o estado da alma durante a gestação?
5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?

Texto para leitura

Finalidade da reencarnação
1. Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos.
2. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.
3. A reencarnação está sujeita a leis imutáveis. Os processos de reencarnação, embora obedecendo aos princípios gerais estabelecidos pelas leis divinas, variam de caso para caso, conforme as circunstâncias atenuantes ou agravantes que houver.

União da alma ao corpo
4. A união da alma ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento.
5. De acordo com o grau evolutivo em que se encontre, o Espírito poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento.
6. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação completamente a cargo dos trabalhadores espirituais, que escolhem as condições e as experiências a que deverão se submeter.
7. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam em estado de inconsciência.
8. Os processos de reencarnação são operações graduais: a união da alma com o corpo começa na concepção, mas só se completa com o nascimento. Essa união efetua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria. Em processo extremamente variado e complexo, o perispírito é reduzido, condensado e, na sequência, se assimila às moléculas materiais.
9. O perispírito torna-se um molde fluídico que age sobre o corpo em formação, juntamente com as condicionantes hereditárias, a influência mental materna e a atuação dos benfeitores que colaboram no processo reencarnatório.
10. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização das formas em outros reinos da Natureza. Pelas necessidades de expiação ou de provas, o corpo em formação poderá apresentar deficiências ou qualidades que se constituirão em oportunidades de redenção ou reequilíbrio.

Estado da alma durante a gestação
11. No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao do Espírito encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado.
12. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o término da vida intrauterina. Suas faculdades vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e o Espírito como que é sepultado em opressiva crisálida. Esse fenômeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente.
13. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas. As reminiscências do passado podem manifestar-se com tendências instintivas, simpatias inexplicáveis e súbitas, ideias inatas etc. Isso ocorre porque o movimento vibratório perispiritual, amortecido pela matéria no decurso da vida atual, é excessivamente fraco para que o grau de intensidade e a duração necessária à renovação dessas recordações possam ser obtidas durante a vigília.

Esquecimento do passado
14. A oclusão da memória espiritual não é definitiva. Com a desencarnação, liberto das contingências materiais, o Espírito poderá retomar a consciência de seu passado.
15. Esse mecanismo, que faz com que o homem esqueça suas experiências anteriores ao nascimento, é prova irrefutável da Sabedoria Divina, visto que o conhecimento total da vida passada, seja no plano físico como no Plano Espiritual, apresentaria grandes inconvenientes para a reeducação dos indivíduos e o progresso da Humanidade, implicaria maiores dificuldades ao Espírito na tarefa de transformação de sua herança mental e, talvez, o prolongamento através dos séculos de ideias falsas, de teorias errôneas e dos preconceitos.
16. Na sua vida de relações o homem teria de conviver com antigos adversários, com o objetivo da reconciliação. Se os reconhecesse, encontraria dificuldades para estabelecer vínculos afetivos necessários ao atendimento mútuo. Na qualidade de ofensor poderia sentir-se humilhado e, na qualidade de ofendido, magoado ou irado. O conhecimento de um passado faustoso poderia avivar o orgulho humano, enquanto que um passado de miséria ou de erros terríveis poderia causar desnecessária humilhação e, talvez, o remorso viesse a paralisar as iniciativas no bem.
17. Para que o homem progrida espiritualmente e cumpra o programa assumido no plano físico, não é preciso lembrar-se das experiências anteriores.
18. As tendências instintivas e, em alguns casos, o tipo de vicissitudes e provas que sofre também podem esclarecê-lo sobre o seu passado e sobre a natureza dos esforços que tem que fazer para a sua evolução. A observação de suas más inclinações e das dificuldades por que passa permitirá que saiba o que foi, o que fez e o que necessita fazer para se corrigir.

Respostas às questões propostas

1. Qual é o objetivo da reencarnação?
Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la, devem passar por experiências e adquirir conhecimentos. A vida na matéria propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.
2. A reencarnação do Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual?
Sim. A união da alma ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento e, de acordo com o grau evolutivo em que se encontre, poderá facilitar ou dificultar o processo de renascimento. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação completamente a cargo dos trabalhadores espirituais, que escolhem as condições e as experiências a que deverão se submeter. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam em estado de inconsciência.
3. Quando se iniciam e se completam os processos reencarnatórios?
Os processos de reencarnação são operações graduais: iniciam-se na concepção e se completam no nascimento. A união da alma com o corpo começa na concepção. Essa união efetua-se por meio do perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria.
4. Qual é o estado da alma durante a gestação?
No período que se estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao do indivíduo encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado. Uma espécie de torpor, agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o término da vida intrauterina.
5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?
O esquecimento do passado decorre do fato de que, durante a gestação, as faculdades do Espírito vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e ele como que é sepultado em opressiva crisálida. O fenômeno se deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas.


Nota:
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