domingo, 19 de março de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo


Se um cego conduz outro cego, todos sabemos o que pode acontecer

Diferentemente do que é dito no livro Trabalhadores da Última Hora, obra psicografada por Carlos A. Baccelli, não existe nenhum esvaziamento nos centros espíritas. Ao contrário. Tal afirmação, como bem observou José Passini na análise do citado livro, é completamente destituída de fundamento, pois o que se observa é exatamente o contrário: o número de pessoas que têm chegado às casas espíritas é crescente.
É de Cláudia Majdalani, do Centro Espírita Estrela da Seara, de Salvador (BA),   este depoimento: “Os centros espíritas estão recebendo uma demanda grande e necessitam estar preparados para esse público”.
Não cremos que esse fenômeno – crescimento constante do número de pessoas que chegam aos centros espíritas – constitua novidade em nosso meio.
Existem centros espíritas, como está ocorrendo com o “Nosso Lar”, principal instituição espírita de Londrina (PR), que nem espaço mais apresentam para acolher tão grande demanda, fato que exige a multiplicação dos grupos de estudo e das reuniões públicas, em que a palestra seguida dos passes constitui um atrativo especial.
A questão que decorre daí não diz respeito, porém, tão somente ao espaço físico, mas fundamentalmente ao preparo das pessoas para bem acolher e prestar orientação adequada aos que chegam.
Essa foi, aliás, a razão que deu origem em Londrina (PR) ao GEEAG – Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes, em atividade desde fevereiro de 2000 no Centro Espírita Nosso Lar.
A ideia da fundação do GEEAG nasceu a partir de um fato ocorrido em julho de 1998 em Minas Gerais, quando Abel Gomes (Espírito) transmitiu a um grupo de espíritas mineiros, em reunião especial realizada na espiritualidade, um recado importante relacionado com as diretrizes do movimento espírita relativamente aos primeiros momentos do século XXI, que teria início dentro de pouco tempo.
De acordo com Abel Gomes, os dirigentes espirituais do movimento espírita pediam que fosse dada a partir de então, no meio espírita, ênfase especial à constituição de pequenos grupos de estudos, para que os espiritistas brasileiros pudessem preparar-se com maior intensidade com vistas a adquirir condições para atender adequadamente as pessoas que, em número crescente, bateriam às portas dos Centros Espíritas.
A previsão do conhecido mentor espiritual com relação ao aumento da demanda confirmou-se integralmente e sua proposta continua atual, merecendo, pois, a atenção de todos os que têm sob sua responsabilidade a direção de uma casa espírita. Afinal, todos sabemos que ninguém pode dar mais do que tem, e que para alguém poder ensinar é preciso primeiro que aprenda.
Existe, nesse sentido, um conhecido ditado que diz que um cego não pode guiar outro cego, fato que não escapou a Jesus, que a isso se referiu em uma conhecida advertência registrada pelos evangelistas: “Ora, se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala” (Mateus, 15:14).




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