sexta-feira, 5 de maio de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas




A Reencarnação

Gabriel Delanne

Parte 3

Continuamos o estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Como o princípio inteligente se individualiza?
B. Que é que dá aos tecidos vivos sua especialidade?
C. Qual é, dentre os vertebrados, o ser menos desenvolvido?
D. Quem foi o pioneiro nas pesquisas sobre a existência de sinais de inteligência em animais?

Texto para leitura

40. Kardec, em A Gênese, aceita perfeitamente a tese da evolução anímica exposta nesta obra por Delanne. O princípio inteligente individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade: é aí que a alma se ensaia para a vida. (PÁG.  64)
41. As propriedades do perispírito não podem ser adquiridas senão por uma longa série de encarnações terrestres, pois o perispírito organiza seu corpo físico segundo as leis particulares do nosso planeta. (PÁG.  65)
42. Le Dantec entende que a "substância cão" pode viver na "substância homem" e aí se adaptar perfeitamente. Eis de novo a noção de perispírito: é o terreno, no corpo do animal, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. Uma artéria pode ser enxertada em outro corpo e aí gozar o papel de veia. Há pois um plano orgânico, e a matéria viva lhe obedece, no sentido de que ela transforma sua função caso lhe imponham viver em outro lugar. As experiências do Dr. Alexis Carrel comprovaram esse pensamento. (PÁGS.  67 e 68)
43. Lamarck e Darwin imaginaram teorias sedutoras para explicar a mutação dos seres. Mas, a verdadeira causa da evolução deve ser procurada nos esforços que o princípio inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da matéria. (PÁG.  69)
44. A individualidade do princípio pensante não é aparente nas formas inferiores. Somos obrigados a buscar no reino vegetal o exórdio da evolução anímica, porque a forma que as plantas tomam e conservam durante a vida implica a presença de um duplo perispiritual, que preside às trocas. (PÁG.  70)
45. A assimilação do papel representado pelo perispírito a um eletroímã de polos múltiplos, cujas linhas de força desenhassem não somente a forma externa do indivíduo como o conjunto de todos os sistemas orgânicos, parece passar do domínio da hipótese para o da observação científica. (PÁG.  70)
46. Em 1898, Stanoiewitch apresentou à Academia de Ciências desenhos tomados ao natural que mostram que os tecidos são formados segundo linhas de força nitidamente visíveis. (PÁG.  70)
47. Nos organismos inferiores, o princípio anímico só existe em estado impessoal difuso, pois o sistema nervoso não está diferenciado. (PÁG.  71)
48. À medida que o sistema nervoso adquire mais importância, as manifestações instintivas variam e apresentam complexidade maior. (PÁG.  71)
49. Nos vertebrados, tomando por base o desenvolvimento do sistema nervoso e mais particularmente do cérebro, como "criterium" da inteligência, veremos, segundo Leuret, que o encéfalo está em relação ao peso do corpo: nos peixes como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como 1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (PÁG.  72)
50. O cérebro humano é tão desenvolvido, que nenhum ser pode ser comparado a nós; mas é sobretudo pelas circunvoluções que o cérebro humano difere do cérebro dos outros vertebrados. (PÁG.  73)
51. Em 1912 ficaram conhecidas em Paris as experiências do Sr. Krall, negociante de Elberfeld, que mostraram que  seus cavalos  Muhamed e Zarif,  por meio de um alfabeto convencional, podiam entreter-se com seu mestre e executar cálculos complicados, inclusive extração de raízes cúbicas. (PÁG.  75)
52. Krall não foi, porém, o pioneiro nessas pesquisas: o precursor foi Wilhelm Von Osten, que desde 1890 percebeu no cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, ele contava, fazia cálculos e lia. (PÁG.  76)
53. Estando Hans velho e fatigado, decidiu Krall procurar Muhamed e Zarif. Treze dias depois da primeira lição, Muhamed executava pequenas adições e subtrações. Mais tarde, compreendia o francês e o alemão e podia extrair raízes quadradas e cúbicas. (PÁG.  77)
54. Os fatos parecem estabelecer, assim, que o cavalo é realmente inteligente, raciocina e está mais próximo do homem do que supomos. (PÁG.  81)

Respostas às questões preliminares

A. Como o princípio inteligente se individualiza?
O princípio inteligente individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade. É aí que a alma se ensaia para a vida. (A Reencarnação, cap. III, págs. 64 a 70.)
B. Que é que dá aos tecidos vivos sua especialidade?
É o perispírito, corpo fluídico da alma, que dá aos tecidos vivos sua especialidade. (Obra citada, cap. III, págs. 67 e 68.)
C. Qual é, dentre os vertebrados, o ser menos desenvolvido?
Os vertebrados menos desenvolvidos são os peixes. Segundo Leuret, o encéfalo está em relação ao peso do corpo, nos peixes, como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como 1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (Obra citada, cap. III, págs. 71 a 73.)
D. Quem foi o pioneiro nas pesquisas sobre a existência de sinais de inteligência em animais?
O pioneiro nas pesquisas sobre a inteligência em animais foi Wilhelm Von Osten, que desde 1890 percebeu em seu cavalo Hans sinais de inteligência; pouco depois, Hans contava, fazia cálculos e lia. (Obra citada, cap. IV, págs. 75 a 81.)


Nota:
Links que remetem ao textos anteriores:





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