sexta-feira, 2 de junho de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas



A Reencarnação

Gabriel Delanne

Parte 7

Continuamos o estudo do clássico A Reencarnação, de Gabriel Delanne, de acordo com a tradução feita por Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Existe a hereditariedade intelectual ou a hereditariedade é apenas fisiológica?
B. Como explicar a existência dos meninos-prodígio?
C. Qual é a explicação mais plausível das reminiscências de vidas anteriores?
D. Que faculdade possuem os psicômetras?

Texto para leitura

115. Os fatos da hereditariedade, segundo Ribot, podem ser classificados da seguinte maneira: hereditariedade direta, de retorno ou atavismo, colateral ou indireta e hereditariedade telegônica. (PÁG. 173)
116. A hereditariedade morfológica é a lei, embora apresente numerosas exceções para os caracteres secundários. Do ponto de vista intelectual, ela inexiste, havendo considerável número de exemplos de grandes sábios que saíram dos meios mais ignorantes, como Descartes, Bacon e Kant. (PÁG. 175)
117. As crianças-prodígio constituem a melhor prova de que a inteligência independe do organismo que a serve. (PÁG. 176)
118. Encontram-se vários exemplos de prodigiosa precocidade em todas as épocas e em todos os países: Haendel compunha aos dez anos; Mozart aos 4 anos executava uma sonata e aos 11 compôs duas óperas. (PÁG. 176)
119. Os exemplos de precocidade intelectual se encontram também na pintura, na poesia, na literatura e nas ciências em geral, e são inconciliáveis com a teoria que vê na inteligência um produto do organismo. (PÁGS. 178 a 182)
120. A hipótese espírita da preexistência do homem é a única que dá uma explicação lógica das crianças-prodígio. É um erro, porém, pensar que tais crianças eram simples médiuns, visto que podiam a qualquer momento e em qualquer circunstância dar provas de suas surpreendentes aptidões. (PÁG. 183)
121. As reminiscências só podem ser explicadas com o fato de ter a alma vivido anteriormente, embora nossos contraditores digam que não se trata de recordações de vidas passadas, mas uma doença da memória – "a falsa memória", para Ribot, ou "o sentimento do já visto" ou "do já experimentado", para o Dr. Chauvet. Chamam-lhe também "paramnésia". (PÁG. 187)
122. Quando o sentimento do já visto se impõe ao observador por fatos contemporâneos, conversas ou leituras, é consequência de uma doença da memória e não há razão para disso nos ocuparmos. (PÁG. 189)
123. Dá-se o contrário com a reminiscência, quando ao ver uma paisagem pela primeira vez esse sentimento se faz acompanhar e se completa pelo conhecimento de coisas e pormenores. (PÁG. 189)
124. Pode acontecer, porém, que o paciente vê em sonho cidades nunca visitadas e então as descreve. Flammarion refere exemplos disso. (PÁG. 189)
125. É pelo estudo das circunstâncias que poderemos distinguir a reminiscência de vidas anteriores duma lucidez durante o sono e duma perversão da memória, ou paramnésia. (PÁG. 193)
126. As reminiscências de vida anterior relatadas por crianças apresentam, por vezes, tantos pormenores que é difícil explicar o fato de outro modo que não seja a reencarnação. (PÁGS. 195 e 196)
127. Nem sempre a verificação do fato é possível, mas há muitos casos em que a realidade dos depoimentos pode ser comprovada. (PÁG. 199)
128. Existem pessoas chamadas psicômetras que têm a faculdade de reconstituir cenas do passado quando se lhes põe nas mãos um objeto qualquer associado àquelas cenas. Uma pedra de um sarcófago egípcio, por exemplo, pode evocar a ideia do Egito e de cenas funerárias que ali se desenrolaram. Parece que, quando certas pessoas reconhecem, repentinamente, cidades ou regiões nunca vistas, esses novos lugares exercem sobre elas uma ação análoga à experimentada pelos psicômetras. Delanne relata, a respeito desse fato, alguns exemplos interessantes. (PÁGS. 199 a 202)
129. O caso Matilde de Krapkoff, em 1893, é desses ambíguos em que hesitamos em classificar se se trata de lembranças de uma vida anterior, ou de lucidez possibilitada pela faculdade de clarividência. (PÁGS. 202 a 206)
130. O caso referido pela Sra. Spapleton apresenta características que permitem colocá-la entre as que nos dão provas de uma vida anterior. Existe algo mais que o "o sentimento do já visto" para as descrições do castelo de Versalhes. (PÁGS. 208 a 213)

Respostas às questões preliminares

A. Existe a hereditariedade intelectual ou a hereditariedade é apenas fisiológica?
A hereditariedade morfológica é a lei, embora apresente numerosas exceções para os caracteres secundários, mas do ponto de vista intelectual ela inexiste, havendo considerável número de exemplos de grandes sábios que saíram dos meios mais ignorantes, como Descartes, Bacon e Kant. (A Reencarnação, cap. VIII, págs. 173 a 176.)
B. Como explicar a existência dos meninos-prodígio?
A hipótese espírita da preexistência do homem é a única que dá uma explicação lógica das crianças-prodígio. É um erro pensar que tais crianças sejam simples médiuns, visto que podem a qualquer momento e em qualquer circunstância dar provas de suas surpreendentes aptidões. (Obra citada, cap. VIII, págs. 176 a 183.)
C. Qual é a explicação mais plausível das reminiscências de vidas anteriores?
As reminiscências só podem ser explicadas com o fato de ter a alma vivido anteriormente, embora nossos contraditores digam que não se trata de recordações de vidas passadas, mas uma doença da memória – "a falsa memória", para Ribot, ou "o sentimento do já visto" ou "do já experimentado", para o Dr. Chauvet. Chamam-lhe também "paramnésia". É pelo estudo das circunstâncias que podemos distinguir a reminiscência de vidas anteriores duma lucidez durante o sono e duma perversão da memória, ou paramnésia. As reminiscências de vida anterior relatadas por crianças apresentam, por vezes, tantos pormenores que é difícil explicar o fato de outro modo que não seja a reencarnação. (Obra citada, cap. IX, págs. 187 a 196.)
D. Que faculdade possuem os psicômetras?
Os psicômetras têm a faculdade de reconstituir cenas do passado quando se lhes põe nas mãos um objeto qualquer associado àquelas cenas. Uma pedra de um sarcófago egípcio, por exemplo, pode evocar a ideia do Egito e de cenas funerárias que ali se desenrolaram. (Obra citada, cap. IX, págs. 199 a 202.)


Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:






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