domingo, 23 de julho de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo




A sabedoria da máxima “mente sã em corpo são”

De que modo devemos interpretar, à luz do Espiritismo, a velha máxima “mente sã em corpo são” e qual o nosso compromisso quanto a ela?
O corpo, conquanto seja um instrumento passivo, tem papel importante na vida de uma pessoa, visto que é de sua condição plena que depende a perfeita exteriorização das faculdades da alma. Da cessação da atividade desse ou daquele centro orgânico resulta o término da manifestação que lhe é correspondente e, em determinados casos, a própria morte do indivíduo.
O corpo material não funciona apartado da alma – ele é, em verdade, a sua representação. Suas células são organizadas segundo as disposições perispirituais do indivíduo, de modo que o organismo doente retrata, geralmente, um Espírito enfermo.
No que se refere ao “corpo são”, a atividade física ocupa uma função relevante porque constitui um dos meios pelos quais o homem vela pela conservação do seu corpo. A alimentação correta e a ausência de vícios também concorrem para esse objetivo, que é, em verdade, uma lei da vida, que não nos é dado negligenciar, motivo pelo qual não assiste a ninguém o direito de sacrificar ao supérfluo os cuidados que o corpo físico reclama.
Evidentemente, cuidar apenas do corpo físico não basta. É preciso cuidar da alma e buscar mantê-la em equilíbrio, para que, estando harmonizada, não transfira ao organismo físico suas próprias mazelas.
Aprendemos com o Espiritismo que desatender às necessidades que a Natureza nos prescreve equivale a desatender à lei de Deus, e tal atitude gera efeitos inevitáveis, como mostra a experiência de André Luiz, registrada por ele mesmo em sua primeira obra, o livro Nosso Lar, cap. 4, pp. 31 a 33.
Já recolhido a um hospital na colônia Nosso Lar, ao ser examinado pelo médico Henrique de Luna, André escutou-o a dizer que lamentava que o amigo tivesse “vindo pelo suicídio”, ao que André protestou: "Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal..."
O médico espiritual explicou-lhe então que a oclusão radicava-se em causas profundas. "Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo", explicou-lhe Henrique de Luna.
A oclusão – observou em seguida o facultativo – derivava de elementos cancerosos e estes, por sua vez, de algumas leviandades cometidas por André no campo da sífilis.
A moléstia talvez não assumisse características tão graves se seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança.
Seu modo especial de agir, muita vez exasperado e sombrio, captara destruidoras vibrações nos que o rodeavam, visto que a cólera é manancial de forças negativas para nós mesmos.
A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com as pessoas, a quem muitas vezes ofendera sem refletir, conduziam-no com frequência à esfera dos seres doentes e inferiores.
Foi isso que havia agravado o seu estado. Todo o aparelho gástrico fora destruído à custa de excessos de alimentação e de bebidas alcoólicas; a sífilis devorara-lhe energias essenciais; o suicídio era, pois, incontestável.
Muitas pessoas desencarnam em condições semelhantes e só então, uma vez desligadas do corpo material, compreenderão a sabedoria da máxima “mente sã em corpo são”.




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