Depois da Morte
Léon Denis
Parte 3
Continuamos o estudo
metódico e sequencial do livro Depois da
Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é que esta sequência
de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos chamados clássicos do
Espiritismo.
Cada texto compõe-se
de duas partes:
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Quem foi e em que
época viveu Joana d´Arc?
B. Os Essênios
acreditavam na reencarnação?
C. Qual foi o maior
Espírito que já passou pela Terra?
D. A Igreja diz que
Jesus é uma das pessoas da Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe
um corpo fluídico. Que diz Léon Denis sobre o assunto?
Texto para leitura
46. Uma brilhante
figura surge no seio da Idade Média: Joana d'Arc, cristã e piedosa que ouve com
frequência as "suas vozes". (P. 54)
47. Corria o século
XV e a França agonizava sob o tacão da Inglaterra, quando Joana, uma jovem de
18 anos, serviu de instrumento a que as potências invisíveis reanimassem um
povo desmoralizado. (PP. 54 e 55)
48. Presa em Ruão e
esgotada pelos sofrimentos, quando as "vozes" pareciam tê-la
abandonado, Joana admite abjurar. Depois, as "vozes" fazem-se ouvir
de novo e ela, erguendo a cabeça diante dos juízes, afirma-lhes: "A voz
disse-me que a abjuração é uma traição". Acabou sendo executada. (P. 55)
49. O povo hebreu,
apesar do rígido exclusivismo que é um dos aspectos de seu caráter, teve o
mérito de adotar o dogma da unidade de Deus. (P. 56)
50. Os Essênios,
cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina
análoga à de Pitágoras: admitiam as vidas sucessivas da alma e rendiam a Deus o
culto do espírito. (P. 57)
51. A Terra jamais
viu passar um Espírito maior do que Jesus: uma serenidade celestial envolvia
sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele, existia em seu coração imensa
piedade pelos humildes e deserdados. (P. 58)
52. O Sermão da
Montanha condensa e resume o ensinamento de Jesus, e a lei moral mostra-se nele
com todas as suas consequências. (P. 59)
53. Jesus dirigia-se
tanto ao coração quanto ao espírito e é por isso que a doutrina cristã dominou
todas as outras. (P. 62)
54. Em sua profunda
ciência Jesus unia a potência fluídica do iniciado superior, da alma livre das
paixões, na qual a vontade domina a matéria e comanda as forças sutis da
Natureza. (P. 63)
55. Não podem ser
postas em dúvida as aparições de Jesus após a morte: somente elas explicam a
continuidade da ideia cristã, visto que após o suplício do Mestre o Cristianismo
estava moralmente sepultado. (P. 63)
56. Todos os rabinos
israelitas reconhecem a existência do Cristo e o Talmude fala dele nestes
termos: "Na vigília da Páscoa Jesus foi crucificado por ter praticado a
magia e sortilégios". (P. 64)
57. Tácito e
Suetônio também mencionam o suplício de Jesus e o desenvolvimento rápido da ideia
cristã. (P. 64)
58. As teorias que
fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser
puramente fluídico carecem de fundamento. (P. 65)
59. O reino de Deus,
isto é, do Bem e da Justiça, não pode ser realizado senão com o aperfeiçoamento
de todos, com o melhoramento constante dos indivíduos e das instituições. (P.
65)
60. O Catolicismo
desnaturou as belas e puras doutrinas do Evangelho com suas concepções de
salvação pela graça, de pecado original, de inferno e de redenção. Em todos os
séculos, numerosos concílios instituíram novos dogmas, afastando-se cada vez
mais dos preceitos do Cristo. (P. 66)
61. A doutrina
secreta, apesar das perseguições, perpetuou-se através dos séculos, como se
pode ver na Cabala, um dos monumentos mais importantes da ciência esotérica,
escrita pelos iniciados judeus. (P. 69)
62. Os primeiros
cristãos acreditavam na reencarnação e adotavam as evocações e as comunicações
com os espíritos dos mortos. (PP. 69 e 70)
63. A reencarnação é
também afirmada por Orígenes e Agostinho. (P. 71)
64. Orígenes e os
Gnósticos foram condenados pelo Concílio de Constantinopla em 553; a doutrina
secreta desapareceu com os seus profetas, e a Igreja pôde reinar à vontade com
os seus dogmas. A partir daí foi que os padres romanos perderam a luz que o
Cristo trouxe ao mundo. (P. 72)
65. O pensamento
humano, após séculos de submissão e de fé cega, cansado do triste ideal de
Roma, voltou-se para as doutrinas do nada. (P. 75)
66. Sob o
materialismo, a consciência deve necessariamente calar-se, para dar lugar ao
instinto brutal, o interesse sobrepor-se ao entusiasmo e o amor do prazer banir
da alma as generosas aspirações. (P. 81)
Respostas às questões preliminares
A. Quem foi e em que época viveu Joana d´Arc?
Joana d´Arc, uma
jovem de 18 anos, cristã e muito piedosa, foi uma médium notável que ouvia com frequência
"vozes" do Além. Corria o século XV e a França sofria o jugo da
Inglaterra, quando ela, servindo de instrumento às potências invisíveis,
conduziu a nação francesa à libertação desse jugo. Presa em Ruão, foi condenada
à morte e afinal executada. (Depois da
Morte, capítulo V, p. 55.)
B. Os Essênios acreditavam na reencarnação?
Sim. Os Essênios,
cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina
análoga à de Pitágoras e, portanto, admitiam as vidas sucessivas da alma e
rendiam a Deus o culto do espírito. (Obra citada, cap. VI, p. 57.)
C. Qual foi o maior Espírito que já passou
pela Terra?
Jesus. A Terra
jamais viu passar um Espírito maior do que ele. Uma serenidade celestial
envolvia sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele e existia em seu coração
imensa piedade pelos humildes e deserdados. (Obra citada, capítulo VI, p. 58.)
D. A Igreja diz que Jesus é uma das pessoas da
Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe um corpo fluídico. Que diz
Léon Denis sobre o assunto?
A exemplo de Allan
Kardec, que igualmente refutou as duas teses, Léon Denis afirma que as teorias
que fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser
puramente fluídico carecem de fundamento. (Obra citada, capítulo VI, p. 65.)
Nota:
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