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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Pílulas gramaticais (233)



Os jornais diários e a televisão exercem grande influência sobre a forma como escrevemos ou pronunciamos determinadas palavras.
Algum tempo atrás, em reportagem publicada pela Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), numa matéria sobre os prejuízos que os clubes de futebol tiveram no campeonato estadual deste ano, o repórter escreveu: “Os clubes ainda não reaviram o que gastaram”.
Ele queria dizer que os clubes ainda não recuperaram os gastos feitos.
O verbo reaver [de re- + haver] significa: haver de novo; recobrar, recuperar. Exemplo: É difícil reaver o tempo perdido. Trata-se, porém, de um verbo irregular e defectivo, que se conjuga como o verbo haver, mas somente nas formas verbais em que aparece a letra “v”.
No pretérito perfeito, diz-se: ele reouve, eles reouveram. No pretérito mais-que-perfeito, ele reouvera, eles reouveram.
A frase publicada pelo jornal deveria, portanto, ser assim redigida: “Os clubes ainda não reouveram o que gastaram”.

*

Na transmissão de um dos jogos do Barcelona, pela Liga dos Campeões da Europa, o repórter de determinada emissora de TV referiu-se aos simpatizantes do Barcelona como a torcida catalana. O jogo realizava-se em Barcelona, cidade situada na Catalunha.
O certo é, no entanto, catalã, e não catalana.
Catalã é feminino de catalão [do esp. catalán], que significa: pertencente ou relativo à Catalunha (Espanha); o natural ou habitante da Catalunha; língua românica falada nas províncias espanholas da Catalunha e de Valença, nas ilhas Baleares e em Andorra (Pireneus); vocábulo dessa língua. 
A palavra catalana existe, mas como feminino de catalano, adjetivo que se refere a Catalão, cidade situada no Estado de Goiás.
Catalano significa: pertencente ou relativo a Catalão (GO); o natural ou habitante de Catalão. [Feminino: catalana.]




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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Contos e crônicas



Ainda mais enquanto estamos a caminho

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Certos momentos, a sensibilidade torna-se mais presente devido a ocorrências conosco ou com pessoas próximas, aliás, ocorrências que muito nos emocionam e, por alguns minutos, nos fazem desejar a realização de atitudes importantes de fato como, por exemplo, o amor pelas pessoas, se não ainda todas, mas pelo menos pelas que compartilham de nossa vida de forma mais direta; o carinho pelos braços que nos embalaram e nos amparam até hoje; o respeito pela voz que, mesmo mais cansada ou fragilizada, procura nos encorajar e orientar; a reciprocidade da atenção com que os queridos olhos nos olham... o pai, a mãe, as pessoas que estão conosco por algum motivo na estrada de agora.
A efemeridade de cada existência é notável, no entanto, em cada uma tanto se pode realizar de positivo, as alavancas para o progresso. E no fim das contas de cada existência o que se poderá calcular de créditos é quanto se conseguiu amar. O sentimento supérfluo, a preocupação com o pensamento alheio, a insistência desmedida para alcançar o que não tem valor em nosso estado maior, as desavenças tolas, a palavra proferida feito lança na emoção de outrem, o descaso com o desassistido, o cultivo do orgulho daninho e tantas atitudes improdutivas, negativas e causadoras de dor apenas dificultarão o alcance da liberdade que inteiramente o espírito almeja, ou melhor, necessita para a sua leveza, para a sua imprescindível paz.
Quando se pode fazer é agora, a vida é agora. Em todos os aspectos, o momento atual é propício e fecundo e a busca pela sabedoria é a ação mais acertada rumo à felicidade. O que já se viveu deveria ser lição aprendida, logo, muito tempo e energia esvaem-se em reincidentes atitudes desmedidas, inadequadas e deveras muito tristes. Diversas vezes, o que de bom não se preocupou em realizar até pode acontecer em outra oportunidade, mas com demora ou até mesmo nenhuma ocasião mais surgir. O sol comumente nascerá pela manhã, pois já conquistou sua posição devido ao benefício emitido por seu brilho. Mas nós... somos ainda pequeninos focos com bem pouca conquista, no entanto, com muito a conquistar principalmente com a conscientização de que o objetivo será alcançado se nossos pés derem os passos.
Portanto, que em nosso coração brote mais amor a cada novo amanhecer; que nossos braços abracem bem mais outros e não fiquem muito cruzados; que as palavras carinhosas e refazedoras sejam pronunciadas e ouvidas mais vezes; que o sorriso seja gratuito, verdadeiro e ilimitado; que a segurança em ser feliz faça vencer os obstáculos perante o caminho em busca da felicidade. Hoje... hoje é o melhor tempo, é a ocasião para um futuro bem-sucedido na própria emoção e em muitas outras; a vida requer direção.
Às vezes, a simplicidade da vida não é compreendida; complicamos demais o que simplesmente deveria ser assimilado com amor e gratidão. Caso ainda se esteja seguindo numa estrada complicada parar um instante, olhar para o Céu e procurar ouvir a sábia voz latente em todos – embora nem todos a possam ouvir ainda – e discernir a atitude real, certamente, é uma escolha muito acertada, pois as realizações para o verdadeiro júbilo do espírito são bem mais singelas, mas com a essência dos bons sentimentos e nobres valores.
A bondade divina, por meio dos acontecimentos diários, insiste em nos mostrar e ensinar que a vida é abençoada demais e que esta requer o cuidado de ser gerida com mais atenção, agradecimento e amor. As pessoas próximas de nós hoje são as exatas para o nosso crescimento e reparação e procurar amá-las enquanto estamos juntos e a caminho é o início da compreensão do próprio amor do Mestre por nós.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/





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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

As mais lindas canções que ouvi (218)



Mel

Caetano Veloso e Waly Salomão



Ó abelha rainha,
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória,
Pois se é noite de completa escuridão,
Provo do favo de teu mel,
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o Sol com a mão...
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora,
Lambe olhos, torce cabelos,
Feiticeira, vamo-nos embora.
É meio-dia, é meia-noite,
Faz zum-zum na testa,
Na janela, na fresta da telha,
Pela escada, pela porta,
Pela estrada toda afora.
Anima de vida o seio da floresta,
Amor empresta a praia deserta,
Zumbe na orelha, concha do mar.
Ó abelha, boca de mel,
Carmim, carnuda, vermelha.
Ó abelha rainha,
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.
E de tua glória...
E de tua glória...



Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando no link indicado:
Maria Bethânia (com legendas) - https://www.youtube.com/watch?v=XtpwD0AkO3Q
Maria Bethânia - https://www.youtube.com/watch?v=rVXYME0GdDg e https://www.youtube.com/watch?v=lGEep2Oawzg






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domingo, 27 de novembro de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo



Como todo suicídio, voluntário ou não, as consequências do tabagismo vão além desta vida

Se tudo o que já se escreveu nas revistas e nos jornais sobre os malefícios do cigarro ainda não foi suficiente para despertar os fumantes, eis mais algumas informações a respeito do assunto: o tabagismo é responsável direto por 90% das mortes por câncer de pulmão, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença coronariana e cerebrovascular; e está também relacionado com o aneurisma arterial, a trombose vascular, a úlcera digestiva, as infecções respiratórias, a impotência sexual e, ainda, com o terrível enfisema pulmonar, uma doença respiratória grave que geralmente se desenvolve nos pulmões de quem fumou cigarro por muitos anos. O enfisema pulmonar leva à diminuição da elasticidade dos pulmões e à destruição dos alvéolos, provocando a tosse e extrema dificuldade para a pessoa respirar.
A nicotina, substância que provoca dependência, é um alcaloide que na fumaça do cigarro é veiculado através da fase gasosa e das partículas de alcatrão. Sua absorção dá-se rapidamente pelos pulmões. Quando tragada, ela se distribui para a circulação sistêmica e em cerca de 9 segundos atinge o cérebro, após atravessar rapidamente a barreira hematoencefálica. Seus efeitos farmacológicos podem ser observados em todo o corpo, conquanto atue principalmente sobre o aparelho cardiovascular provocando vasoconstrição, aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca, da força de contração miocárdica e da adesão plaquetária.
Os que desencarnam em virtude do uso deliberado do cigarro adentram o mundo espiritual na condição de suicidas involuntários e enfrentam, por isso mesmo, todas as consequências decorrentes de uma desencarnação precipitada, consumada antes da hora.
No livro Temas da Vida e da Morte, psicografado por Divaldo Franco, Manoel Philomeno de Miranda diz-nos que o comportamento do homem afeta de maneira rigorosa a programação de sua vida.
São, segundo ele, de duas classes as causas que influem na existência humana: as próximas, ocasionadas na encarnação presente em que a pessoa se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. As causas próximas, situadas na presente existência, geram novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção e não estão, evidentemente, incursos no processo educativo de ninguém. Mas aquele que se vincula a qualquer deles padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial.
Como vivemos em um planeta bastante atrasado, no qual as chances de reencarnar em boas condições são cada vez mais escassas, perder a oportunidade de que ora desfrutamos é algo que temos dificuldade de compreender, sobretudo se o dependente do tabaco acredita em Deus. Afinal, o corpo físico é um presente que o Criador nos concede, e não pode, por causa disso, ser tratado com tanto descaso e indiferença.





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sábado, 26 de novembro de 2016

Destaques da semana da revista “O Consolador”



Encontra-se desde já disponível na Web a edição semanal da revista O Consolador, cujos destaques vão abaixo relacionados, seguidos dos respectivos links:

Destaques da edição 493

Já está na Web a edição deste domingo (27 de novembro) da revista O CONSOLADOR.
Alan Cezar Runho, Juiz do Trabalho em Araraquara (SP), é o nosso entrevistado.
O Especial deste domingo é de Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB.
“Seja Feliz Hoje” foi o tema do Encontro Fraterno com Divaldo Franco. Confira.
“É preciso repensar os centros espíritas” é o título do nosso editorial.
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.
A EVOC publicou: “Livros que, propositadamente ou não, denigrem o Espiritismo” (José Passini).
Pergunta de um leitor: - Por que não nos lembramos das existências passadas?
Um sensitivo pode, mesmo a distância, influenciar determinadas pessoas?
Qual é, conforme os ensinos espíritas, o significado da palavra mediunato?
Amor e sabedoria. (Altamirando Carneiro)
Homossexualidade, como entendê-la. (Emmanuel)
As mudanças em curso. (Anselmo F. Vasconcelos)
Em sua futura existência, o obsessor do padre Mauro teria dificuldades?
Albino Teixeira: “Por maior a dificuldade, jamais desanime”.
O papa, a corrupção e as drogas. (Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo)
“O freio e a espora” – outra linda história de Meimei.
Álbum de família. (Cláudio Bueno da Silva)
Como e por que Kardec sugeriu a utilização do título Espírita professo?
Chico Xavier repetiu a quarta série do Primário. Veja o porquê.
Pedagogia espírita: o que é, o que não é! (Ricardo Di Bernardi)
Spiritismo per Esperanto – um site com conteúdo espírita em esperanto.
A timidez dos bons e a ousadia dos maus. (Waldenir A. Cuin)
Como nasce a felicidade, algo com que todos sonhamos? 
Spoiler – que significa? Confira.
Temor da morte: como evitá-lo? (Wellington Balbo)
“A evolução do Espírito” – soneto de Jorge Leite de Oliveira.
O flash e a imagem. Divulgar nem sempre comunica com eficiência. (Wilson Garcia)





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Contos e crônicas



Problemas com a internet

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Tentei pagar conta telefônica pelo meu i-Phone, no ícone do BB e, em resposta, li a seguinte mensagem: “Desbloquear usando o Touch ID”. Bati com o dedo ali, para atender o pedido de desbloqueio e não abriu. Quando dedei em cancelar, fui atendido. Após meia dúzia de tentativas de desbloqueio sem resultado e cancelamento com êxito, resolvi ligar para o número de atendimento aos clientes da agência. Então, teve início nova saga. A secretária eletrônica pediu tudo, de 1 a 10, sem que nenhuma dessas opções fosse a que eu queria.
— E o que querias, Joteli?
— Ah, mestre Machado, desejava simplesmente que alguém e não somente uma gravação eletrônica me dissesse o que fazer para desbloquear aquele ícone e acessar o tal de Touch ID. Se ao menos o Touch, que até sobrenome tem, me dissesse o que fazer, poupar-me ia a perda de meia hora do meu precioso tempo...Ide para os quintos... ID.
— É, meu caro, atualmente, tudo está sendo informatizado. Andam dizendo que já há crianças que pouco após seu nascimento são capazes de dizer: “— Só paro de chorar se mamãe prometer que vai comprar um i-Phone 7 para mim!”
— É verdade, Machado, mas já sou idoso e só na próxima encarnação terei um cérebro limpinho para cutucar com o dedo todos os botões que aparecerem em minha frente.
— Nisso eu concordo contigo, Jo, CPU e cérebro têm que estar limpos para produzirem muito...
— Agora ocorreu-me que eu bem podia ter lembrado de consultar meu neto de 4 anos, ao invés de digitar cada número do código de barras pelo computador, para pagar a malfadada conta telefônica. Ó, céus, ó lua, ó mar... Por que não me sugeristes tal ideia antes, Bruxo!?
 — E a coisa ainda vai melhorar, meu caro secretário. Estamos nos primórdios do tempo em que as máquinas vão resolver tudo para nós, sem qualquer intromissão humana. Imagino o dia em que a pessoa liga para uma clínica médica e...
— Fufufufufil... fufufufufil... fufufufufil...
Após o terceiro fufufufufil, responde a/o secretária/o eletrônica/o:
— Bom dia! (Quanta educação!) — ou: Boa tarde!. Ou: Boa noite! Conforme a hora. (Quanta sofisticação!) — Aqui quem fala é Touch ID às suas ordens.
Para consulta à clínica geral com robô masculino, digite 1; para consulta a robô feminino, digite 2 [...]; para voltar ao robô anterior, digite 5.
— ....
— Dois. Se você está gripado, digite 1; se está com pneumonia, digite 2; se é gastroenterite, digite 3; hipo ou hipertensão, digite 4; outras doenças, digite 5.
— ...
— Dois!... para cefaleia, digite 1; para tosse, digite 2; para espirro, digite 3; para coriza, digite 4, para hipertermia, digite 5, para falar com outro robô, digite 0.
— ...
— Um!... Tome um paracetamol de oito em oito horas.
— ...
— [...]. Entendi o seu problema. Procure um/a robô psiquiatra.
E pensar que não era para bater com o dedo no Touch ID, e sim apertar o botão do i-Phone...
Depois disso, mais duas horas perdidas... Alteraram o meu blog e, por fim, fiquei sem sinal de internet!
E hoje nem sexta-feira treze é... 





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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Iniciação aos clássicos espíritas



Depois da Morte

Léon Denis

Parte 3

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é que esta sequência de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos chamados clássicos do Espiritismo.
Cada texto compõe-se de duas partes:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                    Questões preliminares

A. Quem foi e em que época viveu Joana d´Arc?
B. Os Essênios acreditavam na reencarnação?
C. Qual foi o maior Espírito que já passou pela Terra?
D. A Igreja diz que Jesus é uma das pessoas da Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe um corpo fluídico. Que diz Léon Denis sobre o assunto?

Texto para leitura

46. Uma brilhante figura surge no seio da Idade Média: Joana d'Arc, cristã e piedosa que ouve com frequência as "suas vozes". (P. 54)
47. Corria o século XV e a França agonizava sob o tacão da Inglaterra, quando Joana, uma jovem de 18 anos, serviu de instrumento a que as potências invisíveis reanimassem um povo desmoralizado. (PP. 54 e 55)
48. Presa em Ruão e esgotada pelos sofrimentos, quando as "vozes" pareciam tê-la abandonado, Joana admite abjurar. Depois, as "vozes" fazem-se ouvir de novo e ela, erguendo a cabeça diante dos juízes, afirma-lhes: "A voz disse-me que a abjuração é uma traição". Acabou sendo executada. (P. 55)
49. O povo hebreu, apesar do rígido exclusivismo que é um dos aspectos de seu caráter, teve o mérito de adotar o dogma da unidade de Deus. (P. 56)
50. Os Essênios, cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina análoga à de Pitágoras: admitiam as vidas sucessivas da alma e rendiam a Deus o culto do espírito. (P. 57)
51. A Terra jamais viu passar um Espírito maior do que Jesus: uma serenidade celestial envolvia sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele, existia em seu coração imensa piedade pelos humildes e deserdados. (P. 58)
52. O Sermão da Montanha condensa e resume o ensinamento de Jesus, e a lei moral mostra-se nele com todas as suas consequências. (P. 59)
53. Jesus dirigia-se tanto ao coração quanto ao espírito e é por isso que a doutrina cristã dominou todas as outras. (P. 62)
54. Em sua profunda ciência Jesus unia a potência fluídica do iniciado superior, da alma livre das paixões, na qual a vontade domina a matéria e comanda as forças sutis da Natureza. (P. 63)
55. Não podem ser postas em dúvida as aparições de Jesus após a morte: somente elas explicam a continuidade da ideia cristã, visto que após o suplício do Mestre o Cristianismo estava moralmente sepultado. (P. 63)
56. Todos os rabinos israelitas reconhecem a existência do Cristo e o Talmude fala dele nestes termos: "Na vigília da Páscoa Jesus foi crucificado por ter praticado a magia e sortilégios". (P. 64)
57. Tácito e Suetônio também mencionam o suplício de Jesus e o desenvolvimento rápido da ideia cristã. (P. 64)
58. As teorias que fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser puramente fluídico carecem de fundamento. (P. 65)
59. O reino de Deus, isto é, do Bem e da Justiça, não pode ser realizado senão com o aperfeiçoamento de todos, com o melhoramento constante dos indivíduos e das instituições. (P. 65)
60. O Catolicismo desnaturou as belas e puras doutrinas do Evangelho com suas concepções de salvação pela graça, de pecado original, de inferno e de redenção. Em todos os séculos, numerosos concílios instituíram novos dogmas, afastando-se cada vez mais dos preceitos do Cristo. (P. 66)
61. A doutrina secreta, apesar das perseguições, perpetuou-se através dos séculos, como se pode ver na Cabala, um dos monumentos mais importantes da ciência esotérica, escrita pelos iniciados judeus. (P. 69)
62. Os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação e adotavam as evocações e as comunicações com os espíritos dos mortos. (PP. 69 e 70)
63. A reencarnação é também afirmada por Orígenes e Agostinho. (P. 71)
64. Orígenes e os Gnósticos foram condenados pelo Concílio de Constantinopla em 553; a doutrina secreta desapareceu com os seus profetas, e a Igreja pôde reinar à vontade com os seus dogmas. A partir daí foi que os padres romanos perderam a luz que o Cristo trouxe ao mundo. (P. 72)
65. O pensamento humano, após séculos de submissão e de fé cega, cansado do triste ideal de Roma, voltou-se para as doutrinas do nada. (P. 75)
66. Sob o materialismo, a consciência deve necessariamente calar-se, para dar lugar ao instinto brutal, o interesse sobrepor-se ao entusiasmo e o amor do prazer banir da alma as generosas aspirações. (P. 81)

Respostas às questões preliminares

A. Quem foi e em que época viveu Joana d´Arc?
Joana d´Arc, uma jovem de 18 anos, cristã e muito piedosa, foi uma médium notável que ouvia com frequência "vozes" do Além. Corria o século XV e a França sofria o jugo da Inglaterra, quando ela, servindo de instrumento às potências invisíveis, conduziu a nação francesa à libertação desse jugo. Presa em Ruão, foi condenada à morte e afinal executada. (Depois da Morte, capítulo V, p. 55.)
B. Os Essênios acreditavam na reencarnação?
Sim. Os Essênios, cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina análoga à de Pitágoras e, portanto, admitiam as vidas sucessivas da alma e rendiam a Deus o culto do espírito. (Obra citada, cap. VI, p. 57.)
C. Qual foi o maior Espírito que já passou pela Terra?
Jesus. A Terra jamais viu passar um Espírito maior do que ele. Uma serenidade celestial envolvia sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele e existia em seu coração imensa piedade pelos humildes e deserdados. (Obra citada, capítulo VI, p. 58.)
D. A Igreja diz que Jesus é uma das pessoas da Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe um corpo fluídico. Que diz Léon Denis sobre o assunto?
A exemplo de Allan Kardec, que igualmente refutou as duas teses, Léon Denis afirma que as teorias que fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser puramente fluídico carecem de fundamento. (Obra citada, capítulo VI, p. 65.)



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