Páginas

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Os pensamentos têm peso próprio e podem adensar ou sutilizar a alma


Realizamos nesta noite mais uma de nossas reuniões de estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de autoria de André Luiz (Espírito), psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Como de hábito, três foram as questões examinadas nesta noite.
Ei-las:
1. Um Espírito em sofrimento pode refletir no médium as impressões que o atormentam?
2. Quando o benfeitor espiritual pousou a destra na fronte do dirigente encarnado, mostrou-se mais humanizado e quase obscuro. Por quê?
3. Nossos pensamentos podem apresentar natureza diferenciada e peso próprio?
Depois de ligeiro debate em torno das questões acima, foram apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto que deu base à temática da noite.
Eis, de forma sintetizada, as respostas dadas às questões mencionadas:
1. Um Espírito em sofrimento pode refletir no médium as impressões que o atormentam?
Sim. André Luiz observou no recinto um Espírito que exibia o braço direito paralítico e ressecado. Tocando-lhe a fronte, de leve, registrou-lhe a angústia. Fora ele musculoso estivador no cais, alcoólatra inveterado que, certa feita, de volta a casa, esbofe­teou o próprio pai, porque este lhe censurara o procedimento. Incapaz de re­vidar, o ancião, cuspinhando sangue, praguejou, sem piedade: "Infame! o teu braço cruel será transformado em galho seco... Maldito sejas!" Ouvindo essas palavras que se fizeram seguidas por terrível jacto de força hipnotizante, o mísero tornou à via pública, sugestio­nado pela maldição recebida, e voltou a beber para esquecer. Mais tarde, foi vi­timado num desastre de bonde, no qual veio a perder o braço. Sobrevi­veu ainda por alguns anos, coagulando no próprio pensa­mento a ideia de que a expressão paternal tivera a força de uma ordem vingativa a se lhe implantar no fundo d'alma, e, por isso, ao desen­carnar, recuperara o membro antes mutilado a pender-lhe, porém, resse­cado e inerte, no corpo pe­rispiritual. O Assistente Aulus, aproxi­mando-se, comentou: "É um caso de reajuste difícil, reclamando tempo e tolerância. Nosso amigo traz a mente subjugada pelo remorso com que ambientou nele mesmo a maldição recebida. Exige muito carinho para re­fazer-se". E explicou que, se aquele enfermo se utilizasse de um mé­dium, para o intercâmbio espiritual, refletiria no instrumento passivo as impressões que o pos­suíam, "nos processos de imanização em que se baseiam os serviços de intercâmbio". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 4, pp. 42 e 43.) 
2. Quando o benfeitor espiritual pousou a destra na fronte do dirigente encarnado, mostrou-se mais humanizado e quase obscuro. Por quê?
Aulus, referindo-se ao benfeitor espiritual Clementino, esclareceu: "O benfeitor es­piritual que ora nos dirige afigura-se-nos mais pesado porque amorte­ceu o ele­vado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo à posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do tra­balho come­çante. Influencia agora a vida cerebral do condutor da casa, à maneira dum musicista emérito manobrando, respeitoso, um violino de alto va­lor, do qual conhece a firmeza e a harmonia". Apesar da redução vibratória, André notou que a cabeça venerável de Clementino emitia raios fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Raul, o dirigente encarnado, sob a ação do benfeitor, se nim­bava de luminosidade intensa, embora diversa. (Obra citada, cap. 5, pp. 45 e 46.) 
3. Nossos pensamentos podem apresentar natureza diferenciada e peso próprio?
Sim. Da mesma forma que a lâmpada arroja de si mesma os fotônios, que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no "espaço físico", nossa alma lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no "espaço mental". O pensamento não escapa às realidades do mundo corpuscular. Pensamentos de crueldade, re­volta, tristeza, amor, esperança ou alegria têm natureza diferen­ciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou suti­lizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possui determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.  (Obra citada, cap. 5, pp. 47 a 49.) 

*
Na próxima terça publicaremos neste Blog o resumo do que houver sido estudado na reunião, a fim de que os interessados possam acompanhar pari passu o desenvolvimento da matéria.
As reuniões de estudo do livro Nos Domínios da Mediunidade realizam-se no Centro Espírita Nosso Lar, situado na Rua Santa Catarina, 429, em Londrina, às terças e quintas-feiras.


Nenhum comentário:

Postar um comentário