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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Características de uma sonâmbula perfeita


Continuamos hoje à noite, como fazemos todas as semanas, o estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografada por Francisco Cândido Xavier.
Eis as questões examinadas na reunião:
1. Que é uma sonâmbula perfeita?
2. Na atividade mediúnica, é preferível a psicofonia consciente ou a sonambúlica?
3. Que ocorreu quando o obsessor viu no recinto sua vítima?
Depois de ligeiro debate em torno das questões citadas, foram apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base pertinente ao estudo da noite.
Eis as respostas dadas às questões mencionadas:
1. Que é uma sonâmbula perfeita?
A explicação foi dada pelo Assistente Aulus, referindo-se à médium Celina, para ele uma sonâmbula perfeita: "A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro me­diúnico à mente do hóspede que o ocupa". A espontaneidade dela é ta­manha na cessão de seus recursos, que não tem qualquer dificuldade para desligar-se de maneira automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contacto com os centros motores da vida cerebral. "Sua posição medianímica é de extrema passividade. Por isso mesmo, re­vela-se o comunicante mais seguro de si na exteriorização da própria personalidade", acrescentou Aulus. Esse fato não significa, contudo, que a médium estivesse ausente ou irresponsável. Junto de seu corpo, agia como mãe generosa, auxiliando o sofredor que por ela se exprimia, qual se fora frágil protegido de sua bondade. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 8, págs. 72 a 74.)
2. Na atividade mediúnica, é preferível a psicofonia consciente ou a sonambúlica?
Esta pergunta surgiu porque Hilário (o amigo de André Luiz) obser­vou que Dona Eugênia, com sua psicofonia consciente, exercia um con­trole mais direto sobre o comuni­cante, ao passo que Dona Celina, em­bora o vigiasse, deixava-o mais à vontade, mais livre. Se Celina não fosse a trabalhadora hábil, capaz de intervir a tempo, não seria pre­ferível a faculdade de Eugênia? O Assistente Aulus concordou: "O sonambulismo puro, quando em mãos desavisa­das, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção es­piritual do bem. A psicofonia incons­ciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes à própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral nos ob­sessos que se renderam às forças vampiri­zantes". (Obra citada, cap. 8, págs. 74 a 76.)
3. Que ocorreu quando o obsessor viu no recinto sua vítima?
O Espírito obsessor voltou-se para Pedro (a vítima) e pareciam dois conten­dores engalfinhados em luta feroz. O obsidiado sentiu o golpe como se ali estivesse ocorrendo um autêntico ataque epi­léptico, com toda a sua clássica sintomatologia, porque tinha a face transfigurada por indefinível pali­dez, os músculos jaziam tetanizados e a cabeça, exibindo os dentes cer­rados, mostrava-se flec­tida para trás, enquanto os braços se asse­melhavam a dois galhos de arvoredo, quando retorcidos pela tempestade.
Tetanizado significa que a pessoa se encontra num estado semelhante ao causado pelo tétano, doença infecciosa que se caracteriza por trismo, espasmos musculares generalizados, contração muscular tônica contínua. O vocábulo trismo quer dizer: alteração motora dos nervos trigêmeos, que impossibilita a abertura da boca.
Em seguida à rigidez do corpo, vieram estranhas convulsões que se estenderam aos olhos, que se moviam em reviravoltas contí­nuas. O insensível perseguidor como que se entranhou no corpo da vítima e pronunciou duras palavras, que só An­dré e seus companheiros puderam ouvir, uma vez que as funções sensoriais de Pedro mostravam-se em deplorável inibição. (Obra citada, cap. 9, págs. 77 a 79.) 

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Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog a síntese do estudo realizado, para que os interessados, se assim o quiserem, possam acompanhar o seu desenvolvimento.

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