Páginas

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Amor e sabedoria são as asas que nos levarão à perfeição


Concluímos nesta noite mais uma etapa do estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Quatro foram as questões examinadas:
1. Buscar o autoaperfeiçoamento é para nós uma necessidade?
2. Quem era Abelardo?
3. Abelardo, embora desencarnado, mantinha contato próximo com Celina?
4. Existem hospitais nas regiões espirituais onde o sofrimento se manifesta por todo lado?

*

Depois de um rápido debate acerca das questões mencionadas, foram apresentadas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo ao tema da noite.
Eis, de forma sintética, as respostas dadas às questões propostas:

1. Buscar o autoaperfeiçoamento é para nós uma necessidade?
Não apenas uma necessidade, mas uma obrigação. É indispensável pensar no bem e executá-lo. Tudo o que existe na Natureza é ideia exteriorizada. Não desprezemos a obrigação do autoaperfeiçoamento, pois, sem compreensão e sem bondade, irmanar-nos-emos aos filhos desventurados da rebeldia. Sem estudo e sem observação, demorar-nos-emos indefinidamente entre os infortunados expoentes da ignorância. Amor e sabedoria são as asas com que faremos nosso voo definitivo, no rumo da perfeita comunhão com o Pai Celestial. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 13, pp. 123 a 125.)

2. Quem era Abelardo?
Abelardo era um dos trabalhadores desencarnados do grupo em que atuava a médium Celina. Após sua desencarnação, Abelardo vagueara por muito tempo em desespero. Tendo sido homem temperamental, atrabiliário e voluntarioso, desencarnara muito cedo, em razão dos excessos que minaram suas forças orgânicas. No início tentou, em vão, obsidiar Celina, sua esposa, cujo concurso reclamava qual se lhe fosse simples serva. Vendo-se incapaz de vampirizá-la, excursionou alguns anos no domínio das sombras, entre Espíritos rebelados e irreverentes, até que as orações de Celina, coadjuvadas pela intercessão de muitos amigos, conseguiram demovê-lo. Curvou-se, assim, à evidência dos fatos. Reconhecendo a impropriedade da intemperança mental em que se comprazia, e depois de convenientemente preparado pela assistência do grupo onde a esposa militava, foi ele admitido numa organização socorrista, em que passou a servir como vigilante de irmãos desequilibrados. (Obra citada, cap. 14, pp. 127 a 129.)

3. Abelardo, embora desencarnado, mantinha contato próximo com Celina?
Sim. Depois de entregar-se diariamente ao serviço árduo na obra assistencial em favor de companheiros ensandecidos, ele descansava, sempre que oportuno, no jardim familiar, ao lado da companheira. Uma vez por semana, acompanhava-lhe o culto íntimo de oração, era-lhe firme associado nas tarefas mediúnicas e, todas as noites em que se sentiam favorecidos pelas circunstâncias, consagravam-se ambos ao trabalho de auxílio aos doentes. Aulus explicou que eles não tinham sido apenas cônjuges segundo a carne, e aduziu que, quando os laços da alma sobrepairam às emoções da jornada humana, ainda mesmo que surja o segundo casamento para o cônjuge que se demora no mundo, a comunhão espiritual continua, sublime, em doce e constante permuta de vibrações e pensamentos. (Obra citada, cap. 14, pp. 129 e 130.)

4. Existem hospitais nas regiões espirituais onde o sofrimento se manifesta por todo lado?
Sim. Abelardo atendia num desses hospitais. Para chegar até lá o grupo socorrista penetrou nebulosa região dentro da noite, em que os astros desapareceram e parecia que o piche gaseificado era o elemento preponderante no ambiente. Em derredor, soluços e imprecações proliferavam. Passado algum tempo, o grupo atingiu uma construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam, sob a assistência de enfermeiros atenciosos. Era um hospital de emergência, dos muitos que se estendem nas regiões purgatoriais, e tudo ali revelava pobreza, necessidade, sofrimento. "Este é o meu templo atual de trabalho", disse-lhes Abelardo, orgulhoso de ser ali uma peça importante para o serviço. (Obra citada, cap. 14, pp. 130 e 131.)

*

Na próxima terça-feira apresentaremos neste Blog o resumo da matéria estudada, para que os interessados, se o quiserem, possam acompanhar as lições já vistas.




Nenhum comentário:

Postar um comentário