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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Quem são os meninos prodígios?


Um amigo nos perguntou: Como o Espiritismo explica a existência dos meninos prodígios?
Para os que acreditam que os anjos já foram feitos assim – inteligentes, virtuosos, inacessíveis às doenças que atingem o homem – não é difícil pensar como o matemático francês Henri Poincaré, que acreditava no talento congênito. “Matemáticos nascem; eles não são feitos”, disse Poincaré.
Sabemos, contudo, no que diz respeito a nós humanos, que nada na vida se conquista de graça.  Aprender uma disciplina e tornar-se nela um especialista respeitado exigem dedicação, estudo e, sobretudo, muito tempo. Como explicar então os talentos precoces, os meninos prodígios? Teriam essas criaturas sido criadas assim, recebendo de Deus um privilégio que não é concedido à maioria de suas criaturas?
Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores: “Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, o das línguas, do cálculo, etc.?” Os Espíritos responderam: “Lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência. Donde queres que venham tais conhecimentos? O corpo muda, o Espírito, porém, não muda, embora troque de roupagem”. 
Tempos atrás, a revista Veja focalizou o caso do jovem Carlos Matheus Silva Santos, que aos 19 anos de idade formou-se doutor pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, do Rio de Janeiro, repetindo assim os passos de Pascal, Leibnitz, Gauss e Evariste Galois, que se destacaram precocemente no difícil campo da matemática.
A Doutrina Espírita é categórica quanto a esse assunto. Não existem privilégios na obra da criação. Os meninos e os jovens prodígios nada mais são do que Espíritos reencarnados que conseguem acessar com facilidade, por um mecanismo que não é facultado à maioria das crianças e dos adolescentes, as conquistas intelectuais que fizeram em vidas passadas com esforço, dedicação e muito estudo.
Os meninos prodígios, longe de representarem indícios de um privilégio inadmissível por parte do Criador, são uma das provas mais evidentes da reencarnação, doutrina ensinada por Pitágoras, Sócrates, Platão, Jesus e revigorada, nos tempos modernos, pelo Espiritismo.


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