Iniciamos
hoje à noite no miniauditório do “Nosso Lar”, em Londrina, o estudo metódico e
sequencial do Deuteronômio, livro que
integra o chamado Pentateuco Mosaico.
Foram quatro
as questões propostas para debate:
1. Em que
consiste o Deuteronômio?
2. De que
trata o primeiro discurso de Moisés?
3. Por que os
hebreus não poderiam atacar os amonitas?
4. É verdade
que Moisés foi impedido de entrar na terra prometida?
*
Depois de
ligeiro debate acerca das questões citadas, fez-se o estudo da noite e, no
final, foram apresentadas e comentadas as respostas dadas às perguntas
propostas.
Ei-las:
1. Em que consiste o Deuteronômio?
O quinto
livro do Pentateuco ou Tora encerra um registro de textos legislativos e é a
"Segunda Lei" ditada por Moisés antes de sua morte. Nele se expõem de
novo as leis, agora retocadas e adaptadas às novas condições de vida sedentária
que o povo haveria de enfrentar na Palestina. A obra apresenta-se em forma de
discurso: ao todo, são quatro discursos que representam o testamento de Moisés
ao povo de Israel. Parece que esse código de leis foi preparado pelos escribas
de Ezequias, com o objetivo de enfatizar o conceito de Deus único. ("A Bíblia Sagrada", edição de
Livros do Brasil S/A, vol. I, pp. XII e XIII.)
2. De que trata o primeiro discurso de
Moisés?
No discurso,
Moisés relembra fatos já descritos com todos os pormenores em livros
anteriores. Menciona, por exemplo, a escolha, feita em Horeb, de homens sábios
e nobres, que foram constituídos príncipes, tribunos, centuriões e comandantes
de cinquenta e de dez, para ajudá-lo na administração dos negócios de Israel.
Cita depois a expedição feita por doze homens escolhidos dentre as tribos de
Israel, enviados por ele à terra prometida, cujo desfecho foi a sublevação do
povo, antecedida de murmurações que fizeram com que o Senhor ficasse irado e
decretasse que nenhum dos homens adultos de Israel, salvo Caleb e Josué, veria
a excelente terra, pois todos morreriam antes que isso se desse. Depois, o
condutor dos hebreus recorda a soberba do povo que, embora advertido dos
perigos de subir ao monte dos amorreus, acabou derrotado e retalhado pelos
inimigos, desde Seir até Horma. (Dt.,
1:1-45.)
3. Por que os hebreus não poderiam atacar
os amonitas?
A preservação
dos amonitas se devia ao mesmo motivo alegado com relação aos moabitas: uns e
outros eram descendentes de Ló, e suas terras o Senhor havia dado aos filhos de
Ló. Amon e Moab foram filhos de Ló (também
conhecido como Lot) e seu nascimento é narrado em Gênesis, 19:29-38.
Havendo sido salvo da morte por ser sobrinho de Abraão, Ló acabou, por medo,
retirando-se de Segor, metendo-se numa caverna com suas duas filhas. Então a
mais velha disse para a mais jovem que o pai estava velho e na terra não ficara
nenhum homem com quem pudessem procriar, conservando a linhagem da família.
Sugeriu então que lhe dessem vinho, de modo a levá-lo à embriaguez; e a filha
mais velha dormiu com ele, sem que Ló percebesse. No dia seguinte, repetiram a
experiência e a filha mais jovem também dormiu com o pai, de tal modo que ambas
pariram duas crianças. A mais velha foi mãe de Moab, pai dos moabitas, e a mais
moça pariu Amon, pai dos amonitas. (Dt.,
2:1-25.)
4. É verdade que Moisés foi impedido de
entrar na terra prometida?
Sim. No seu
discurso ele lembra esse fato. Quanto à proibição de entrar na terra da
promissão, o condutor dos hebreus disse que o Senhor o advertira nestes termos:
"Sobe ao cume do monte Fasga, e lança os teus olhos em roda para o
ocidente, e para o setentrião, para o meio-dia, e para o oriente, e olha:
porque tu não passarás este Jordão. Dá as tuas ordens a Josué, e anima-o e
fortalece-o, porque ele é que há de marchar diante deste povo, e que há de
repartir por eles a terra que tu verás". (Dt., 2:26-37 e 3:1-29.)
*
Na próxima
terça-feira apresentaremos aqui o resumo do estudo realizado, para que o
leitor, caso queira, possa acompanhar o desenvolvimento de nossas reuniões.
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