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sábado, 15 de junho de 2013

Pérolas literárias (40)


Sinos

Alphonsus de Guimarães


Escuto ainda a voz dos campanários
Entre aromas de rosas e açucenas,
Vozes de sinos pelos santuários,
Enchendo as grandes vastidões serenas...

E seguindo outros seres solitários,
Retomo velhos quadros, velhas cenas,
Rezando as orações dos Septenários,
Dos Ofícios, dos Terços, das Novenas...

A morte que nos salva não nos priva
De ir ao pé de um sacrário abandonado,
Chorar, como inda faz a alma cativa!

Ó sinos dolorosos e plangentes,
Cantai, como cantáveis no passado,
Dizendo a mesma Fé que salva os crentes!


O poeta Alphonsus de Guimarães, mineiro de Ouro Preto, nasceu em 24 de julho de 1870 e desencarnou em 15 de julho de 1921. O soneto acima foi psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.


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