Realizou-se
nesta noite mais uma etapa do estudo do Deuteronômio,
livro que integra o chamado Pentateuco Mosaico. O estudo é levado a efeito no
Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, em dois horários: na terça-feira
(18h30) e na quinta-feira (14h30).
Eis as cinco questões que nesta noite foram propostas para debate:
1. Como
deveriam ser tratados os cativos de guerra?
2. Em que
consistia entre os hebreus o direito de primogenitura?
3. É verdade
que a mulher não poderia vestir-se como homem?
5. Como a lei
mosaica tratava as minorias?
*
Depois de
ligeiro debate acerca das questões acima, realizou-se o estudo da noite e, no
final, foram apresentadas e comentadas as respostas dadas às perguntas
propostas.
Ei-las:
1. Como deveriam ser tratados os cativos de
guerra?
Os cativos
deveriam ter tratamento especial. Se entre os prisioneiros houvesse uma mulher
formosa que agradasse ao israelita, e este a quisesse por esposa, ela seria
introduzida em sua casa, onde deveria rapar os cabelos e cortar as unhas,
despindo o vestido com que fora aprisionada. Depois de assentada na casa do
israelita, choraria a seus pais durante um mês. Somente então, cumprido esse
prazo, o israelita poderia tomá-la para si e dormir com ela. Mas, se ela não
lhe agradasse, seria deixada livre, pois que fora humilhada. (Dt., 21:1 a 14.)
2. Em que consistia entre os hebreus o direito
de primogenitura?
Ao
primogênito seria dada dobrada porção de tudo o que possuísse, porque esse
seria o direito de primogenitura. Já o filho incorrigível, contumaz e
insolente, que não quisesse obedecer a seus pais, seria levado aos anciãos da
cidade, a quem se informaria: este nosso filho é um rebelde e contumaz,
despreza ouvir as nossas admoestações, e passa a vida em dissoluções e
banquetes. O povo da cidade então o apedrejaria, e ele assim morreria, para que
desse modo fosse tirado o mal do meio de Israel e todo o povo, ouvindo-o, temesse.
(Dt., 21:15 a 23.)
3. É verdade que a mulher não poderia
vestir-se como homem?
Sim. A mulher
não se vestiria de homem, nem o homem de mulher, porque quem faz isso, adverte
o Deuteronômio, é abominável diante do Senhor. (Dt., 22:1 a 12.)
Sim, e não
apenas o adultério. Se um homem casasse com uma mulher e depois lhe tivesse
aversão e, buscando um pretexto para repudiá-la, lhe imputasse um crime
vergonhoso – como dizer que a mulher não era virgem ao casar-se –, os pais da
mulher deveriam levá-la aos anciãos da cidade, a quem seria provada sua
virgindade. Feito isto, os anciãos pegariam o marido e fariam açoitá-lo, além
de condená-lo a pagar cem siclos de prata ao pai da moça. O casamento deveria
prosseguir até o fim, não podendo o homem repudiá-la enquanto vivesse. Mas, se
o que ele disse a respeito da esposa fosse verdade, a mulher seria posta fora
das portas de seu pai, e os habitantes da cidade a apedrejariam, e ela
morreria, por haver cometido um crime detestável em Israel: ter caído em
fornicação em casa de seu pai. Se um homem dormisse com a mulher de outro,
ambos deveriam morrer, isto é, o adúltero e a adúltera. Se um homem houvesse
desposado uma moça virgem, e outro homem, achando-se na cidade, a desflorasse,
ambos seriam apedrejados: o homem que dela abusou e a moça, porque estando na
cidade não gritou. Se o fato se verificasse no campo, somente o homem deveria
morrer, porque, mesmo que a moça gritasse, não haveria ninguém que a pudesse
socorrer. Se um homem achasse uma moça virgem ainda não desposada, e tomando-a
por força a desonrasse, levada a causa a juízo, o homem que a desonrou deveria
pagar cinquenta siclos de prata ao seu pai e casar-se com ela, não podendo
repudiá-la em todos os dias da sua vida.
(Dt., 22:13 a 30.)
5. Como a lei mosaica tratava as minorias?
Algumas eram
discriminadas, como os eunucos, privados de entrar na congregação do Senhor, e
os bastardos, isto é, os filhos de mulher pública, que não podiam entrar na congregação,
até à décima geração. Os amonitas e moabitas também o eram, mas essa
discriminação devia-se ao fato de que eles não quiseram receber os hebreus com
pão e água no caminho, quando em fuga do Egito, e ainda chamaram Balaão, filho
de Beor, para que os amaldiçoasse. Por isso, os filhos de Israel não deveriam
fazer as pazes com eles. Não seriam abominados, no entanto, o idumeu, por ser
irmão, nem o egípcio, visto que o israelita fora estrangeiro em sua terra: os
que deles nascessem entrariam à terceira geração na congregação do Senhor. O
objetivo da lei era que não houvesse meretriz entre as filhas de Israel, nem
prostituidor entre seus filhos, e ainda a prática da usura entre os israelitas.
Aos irmãos seria emprestado o que houvesse mister, sem disso tirar qualquer
interesse, para que, assim, o Senhor os abençoasse em tudo o que fizessem na
terra prometida. (Dt., 23:1 a 25.)
*
Na próxima
terça-feira será publicada neste blog a síntese do estudo da noite, para que o
leitor, desde que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento de nossas
reuniões.
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