Um leitor,
considerando que a palavra “fôrma” voltou a ser graficamente acentuada,
pergunta-nos se está correto escrever “pão de fôrma”.
Segundo o
novo Acordo Ortográfico vigente no Brasil, a palavra citada é acentuada, mas o
uso do acento não é obrigatório.
Lembremos
que, de acordo com as normas ortográficas anteriores, a palavra
"forma" não tinha acento, independentemente de sua pronúncia, fosse
fechada ou aberta. O acento, obrigatório até 1971, havia sido abolido. Mas
atualmente a recomendação é para que o acento seja usado somente nos casos em
que isso for indispensável à compreensão do texto.
Vejamos esta
frase, que é típica na terminologia espírita: “O perispírito é a fôrma da
forma”.
A frase quer
dizer que o perispírito é o molde, o modelo organizador do corpo material, ou
seja, da forma. O uso do acento diferencial concorre, como se vê, para a
perfeita compreensão da frase.
No dicionário
Aurélio, em defesa do uso do acento diferencial, são mencionados o poema
"Os Sapos", de Manuel Bandeira, e estes versos de Martins Fontes:
"Pela
penugem, primeiro,
E, depois,
segundo a norma,
Pelo gosto,
pelo cheiro,
Pela fôrma,
ou pela forma,
Certas frutas
europeias
Como o
pêssego
– oh! prazer!
–
Por vezes nos
dão ideias
Que me acanho
de dizer".
Observa o
dicionário que seria difícil compreender o poema acima sem o uso do acento
diferencial na palavra “fôrma”.
No tocante,
porém, à consulta do leitor, o correto é escrever “pão de forma”, visto que não
existe aí dúvida ou ambiguidade que exija o uso do acento diferencial.
*
Alguém nos
pergunta qual é o significado da palavra “huguenote”.
Trata-se de
uma designação depreciativa que os católicos franceses deram aos protestantes,
especialmente aos calvinistas, e que estes adotaram. Por extensão, a palavra identifica
quem é protestante.
A origem da
palavra "huguenote" não é clara. Há quem diga que deriva de Besançon
Hugues, líder da revolta em
Genebra. Outros , como Bernard Cottret, afirmam que
"huguenote" vem do termo francês "eidguenot", que significa
“confederados”, nome que designava as cidades e cantões helvéticos partidários
da Reforma.
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