A influência dos Espíritos sobre nós é constante e não poupa ninguém

Continuamos na noite de ontem, no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina, o estudo sequencial da Revue Spirite de 1858, periódico mensal fundado e redigido por Allan Kardec, codificador da doutrina espírita. O estudo é realizado semanalmente, em dois horários: na terça-feira (18h30) e na quinta-feira (14h30). A duração de cada reunião é de 70 minutos.

Eis as questões propostas para debate na reunião de ontem:

1. Onde Pitágoras hauriu a ideia da reencarnação?

2. As medalhas e certos objetos considerados cabalísticos exercem influência sobre os Espíritos?

3. Nos casos de obsessão, pode o agente ser um Espírito elevado?

4. A influência dos Espíritos sobre nós é constante?

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Em seguida, após rápido debate em torno das questões acima, foi lido e estudado o texto-base, sendo apresentadas ao final as respostas dadas às perguntas propostas.

Ei-las:

1. Onde Pitágoras hauriu a ideia da reencarnação?

A ideia da reencarnação remonta à mais alta Antiguidade e Pitágoras a hauriu entre os hindus e os egípcios. Ao dar esta informação, Kardec afirma que o mais notável é encontrar desde aquela época o princípio da doutrina da escolha das provas, ensinada pelos Espíritos. Encontramos essa doutrina em Platão, em sua alegoria do Fuso da Necessidade, na qual ele imagina um diálogo entre Sócrates e Glauco. (Revue Spirite de 1858, pp. 251 e 252.)

2. As medalhas e certos objetos considerados cabalísticos exercem influência sobre os Espíritos?

Não. Quem tenha estudado racionalmente a natureza dos Espíritos não admitirá que tais objetos exerçam sobre eles qualquer influência. O mesmo, porém, não se dá com um objeto magnetizado, pois este tem o poder de provocar o sonambulismo ou certos fenômenos nervosos. (Revue Spirite de 1858, p. 268.)

3. Nos casos de obsessão, pode o agente ser um Espírito elevado?

Não. Segundo Kardec, a obsessão é produzida sempre por Espíritos inferiores. E é o grau de constrangimento e a natureza dos efeitos por ela produzidos que marcam a diferença entre a obsessão, a subjugação e a fascinação. (Revue Spirite de 1858, p. 277.)

4. A influência dos Espíritos sobre nós é constante?

Sim. A influência dos Espíritos sobre nós é constante, e todos se acham expostos a ela, quer acreditem ou não. Os Espíritos exercem sobre os homens uma influência salutar ou perniciosa; não é preciso, para isto, ser médium. Não havendo a faculdade, eles agem de mil e uma maneiras. Kardec afirma que três quartas partes de nossas ações más e de nossos maus pensamentos são frutos dessa sugestão oculta. (Revue Spirite de 1858, pp. 284 e 285.)

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Na próxima quarta-feira será publicada aqui a síntese do estudo realizado, para que o leitor, caso o queira, possa acompanhar o desenvolvimento de nossas reuniões.