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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Em que consiste e quando surgiu no mundo a ideia da reencarnação?

Um leitor pergunta-nos, com relação ao tema reencarnação:
1. Onde e quando surgiu no mundo a ideia da reencarnação?
2. Qual é, na opinião dos autores espíritas, o meio de comprovação mais completo da existência da reencarnação?
3. Podemos considerar comprovada a tese reencarnacionista?
A reencarnação é, como já dissemos oportunamente, um dos princípios fundamentais da doutrina espírita. Seu objetivo é muito claro: como todos os Espíritos têm como meta atingir a perfeição, Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando a todos a possibilidade de realizar em novas existências corporais o que não pôde ser feito numa primeira oportunidade. Ninguém volta ao cenário terráqueo por castigo. Ao contrário. A reencarnação é uma bênção, sobretudo quando é aflitiva, no plano espiritual, a situação do Espírito culpado.
A tese da existência das vidas sucessivas não é algo novo nem pertence ao Espiritismo. Ela se encontra presente no âmago das grandes religiões do Oriente e na obra de filósofos importantes, como Pitágoras e Platão.
Oriunda da Índia, a ideia da reencarnação espalhou-se pelo mundo e, antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos, já era ela formulada nos Vedas. O Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram, o Egito e a Grécia também a adotaram  e vê-se que, encoberta às vezes por um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia das vidas sucessivas.
Segundo os clássicos do Espiritismo, o meio de comprovação da reencarnação mais completo é, sem dúvida, a recordação das existências passadas. Às vezes isso se dá espontaneamente, na idade infantil, fato que deu origem à expressão memória extracerebral, objeto de pesquisas por experimentadores que se tornaram mundialmente conhecidos, como os professores Hemendra Nath Banerjee e Ian Stevenson.  Stevenson legou-nos um clássico na matéria, o livro 20 casos sugestivos de reencarnação. Quanto ao doutor Banerjee, clicando neste link –  http://www.youtube.com/watch?v=vTuueNc_a3o – o leitor poderá ouvir a palestra que ele proferiu no dia 19 de novembro de 1981, no Auditório do Senac, em São Paulo-SP.
A recordação de existências passadas pode ser também provocada. Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, relata diversas experiências de regressão de memória em que o sujet ou sensitivo alude a existências passadas vividas na Terra. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris em 1900 por experimentadores espanhóis. Um deles, Fernandes Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado médium que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores. Vê-se, pois, que a regressão da memória a vidas passadas não surgiu com Morris Netherton, um dos pais da terapia das vidas passadas, que tem inúmeros seguidores no Brasil e no exterior.
No tocante à derradeira pergunta: Podemos considerar comprovada a doutrina reencarnacionista? nossa resposta é, evidentemente, afirmativa. Existe um número surpreendente de fatos que comprovam experimentalmente a veracidade da reencarnação e cinco livros constituem-se, nesse particular, em consulta obrigatória para quem quiser aprofundar-se no assunto: A Reencarnação, de Gabriel Delanne; A reencarnação e suas provas, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcante de Melo; 20 casos sugestivos de reencarnação, de autoria de Ian Stevenson; Reencarnação no Brasil, de Hernani Guimarães Andrade; e Reencarnação e imortalidade, de Hermínio Corrêa Miranda.
Sugerimos, por fim, aos interessados no assunto, que leiam o editorial da edição 263 da revista “O Consolador”, intitulado “Ivanova, Carol Bowman e as vidas sucessivas”, que também se reporta ao tema ora examinado. Eis o link que permite acessá-lo: http://www.oconsolador.com.br/ano6/263/editorial.html



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