E
eis que 2013 está perto do fim...
Terá
sido um ano feliz? Certamente que não, pois, se alguns poucos podem
rejubilar-se no final desta temporada, ninguém ignora que a grande maioria dos
homens, aqui e no exterior, ainda espera o advento de dias efetivamente
felizes, em que a paz reine nos corações e a consciência não mais se debata
intranquila.
Há
quem pense que a Religião é capaz de trazer-nos esses dias, sobretudo quando
consegue mostrar-nos que a felicidade verdadeira não se encontra de modo algum
vinculada às posses mundanas e nos leva a lembrar que a gente nasce nu e nu
retorna ao plano espiritual.
A
ideia de se colocar joias, ouro e outras relíquias de valor em nossa tumba, pensamento
que acalentou os sonhos dos faraós, não passa de uma iniciativa vã, visto que
esses bens, se têm enorme valor no plano em que estamos, nenhuma utilidade
terão no outro mundo.
O
homem milionário, que supomos extremamente feliz devido às suas posses, certamente daria sua fortuna ou parte dela em
troca da vida de um filho que a morte levasse.
Esse
amor de pai e mãe, a amizade fraterna que cultivamos ao longo da existência, a
paz interior que os familiares queridos nos inspiram, nada disso pode ser
medido em termos monetários, o que demonstra que as aspirações humanas
realmente legítimas são, em última análise, as que podem conduzir a criatura ao
encontro do Criador, objetivo final da Religião.
Malgrado
essas considerações, o certo é que vivemos em nosso orbe uma época de
materialismo desenfreado. Não nos reportamos aqui apenas ao materialismo
ideológico, mas ao materialismo prático, que encontramos até mesmo nos atos e
costumes dos chamados religiosos.
O
egoísmo é – não há como contestar – a raiz desse materialismo, que responde por
inúmeras distorções que maculam a civilização do nosso tempo e gera essa febre
mundial pela acumulação de bens.
O
comportamento materialista é igualmente um atestado de ausência de fé e uma
demonstração da falência das religiões, que não têm conseguido incutir nas
cogitações dos homens, salvo esporadicamente, por ocasião dos cultos
religiosos, uma réstia de luz que os norteie em sua jornada terrena.
“Nós
vivemos, nós vivemos, nós – os mortos – vivemos...” – eis o recado dos
Espíritos daqueles que já partiram para o além-túmulo.
Que
sentido terá para nós esse aviso?
Sem
qualquer cogitação de ordem filosófica, ele tem pelo menos este: que a morte
não existe, que a existência terrena é uma faceta da vida do Espírito, que a
alma é imortal e que nos importa desenvolvê-la com todas as forças do nosso
ser, visto que é ela que sobreviverá no final desse processo.
Assim
pensando, esperamos que 2014 nos leve a compreender melhor os apelos da crença
que professamos e seja isso o início de uma vida de paz e de renovação de
nossas existências.
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