Demos continuidade ontem à noite no Centro Espírita Nosso
Lar, de Londrina-PR, ao estudo sequencial do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de Miguel Vives y Vives,
conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.
Eis as três questões propostas para debate inicial:
1. Por que motivo Miguel Vives recomenda-nos que tenhamos
prudência?
2. Como deve agir o espírita para ser, de fato, um bom
cristão?
3. Como devemos lidar com os deveres no seio da família?
Foi realizada, logo depois, a leitura do texto abaixo, que
serviu de base aos estudos da noite, seguindo-se, a cada item lido, os
comentários pertinentes:
53. Nos Centros onde reinam o amor e a adoração ao Pai, em
espírito e verdade; a admiração, o respeito e o amor ao Senhor; a indulgência,
a caridade e a humildade, não faltarão paz e harmonia entre os irmãos, porque
muitas vezes receberão a influência dos Bons Espíritos. Esses farão grande
progresso e terão uma recompensa no mundo espiritual mais do que podem
calcular. (P. 69)
54. Todo espírita não deve nunca esquecer que, por onde
passa, aonde vai, e ali onde frequenta, está sendo observado e estudado; por
isso, devemos ter bem presente este conselho: Prudência no pensar, prudência no
falar, prudência no agir. (PP. 71 e 72)
55. Essa moral, quando bem praticada, é o melhor meio de
propagar e exaltar os nossos princípios. Nossas maneiras e costumes são o
primeiro instrumento que todo espírita deve usar na propaganda doutrinária.
Vale mais que nos conheçam primeiro por nossas obras, do que por nossas
palavras. (PP. 72 e 73)
56. Chegado o momento oportuno de falar, comecemos por
demonstrar o que é a moral do Espiritismo, quais as suas tendências e os seus
fins, que são tornar melhores os homens, conquistar a paz para a Humanidade e
revelar um porvir mais feliz do que aquele que nos espera na Terra. Só quando
hajam aceitado a moral, devemos falar nos fenômenos espíritas. (P. 73)
58. Não devemos olvidar que um dos primeiros mandamentos da
lei é: Amarás ao próximo como a ti mesmo. Há muitos que se empenham em
questões, altercações, rixas e não raro se maltratam. Devemos fugir
inteiramente de tudo isso e perdoar, sem reservas, pagando o mal com o bem,
sempre que possível, sem esquecer jamais a figura do Mestre e Senhor. Ele é o
modelo, a verdade e a vida. Que disse Ele quando o insultavam e maltratavam?
Nada. Baixou os olhos e perdoou do fundo do seu coração. (PP. 74 e 75)
59. Infeliz o espírita que tem a oportunidade de devolver o
bem como pagamento do mal, e não o faz! Infeliz o espírita que pode perdoar e
não perdoa! Pois dias virão em que exclamará: “De que me serviu saber o que
sabia, e de me haver chamado espírita? Mais me valera nada saber, para não
arcar com tamanha responsabilidade!” (PP. 75 e 76)
60. O espírita deve usar de prudência em todos os casos,
sobretudo quando pretende dar saúde aos enfermos por meios magnéticos, seja com
água, seja com passes. Para isso, deve ele levar uma vida muito pura, isenta de
faltas e defeitos que possam retirar-lhe a boa proteção, porque, do contrário,
em lugar de fazer bem aos enfermos, lhes fará mal, prejudicando-os. (P. 76)
61. Os que nisso trabalham devem despojar-se de tudo o que
possa empanar o brilho de seus espíritos, para que o seu perispírito e o seu
corpo possam transmitir bons fluidos aos enfermos, aplicando sempre esta
máxima: “Se queres curar aos demais, cura primeiro o teu corpo e a tua alma,
pois, do contrário, como curarás aos outros, se estás enfermo?” (P. 77)
62. Sem fazer aos enfermos promessas que não podem ser
cumpridas, procurando ter fé em Jesus, que curou cegos, paralíticos e
ressuscitou mortos, sua missão será uma consolação para os que choram e os que sofrem. Mas não se
olvide nunca que é preciso dar de graça o que de graça se recebe, porque é
muito prejudicial e antiespírita fazer da proteção do Alto uma profissão
lucrativa. “É bom fazer a caridade - assevera Miguel Vives -, mas é muito mau
explorá-la.” (PP. 77 e 78)
63. Em resumo: Os espíritas estão encarregados de trazer a
luz à Humanidade que sofre e chora, porque sabem a razão de seus sofrimentos.
Sacrifiquemo-nos, pois, para poder explicar-lhe a causa de suas lágrimas e de
seu desespero, procedendo de maneira a mostrar que a dor depura, eleva,
santifica, exalta. O espírita que muito quer fazer ao semelhante, não deve
perder de vista o exemplo do Senhor, para imitá-lo em seus atos de amor, de
abnegação e de sacrifício em prol da Humanidade. (PP. 78 e 79)
64. Se são sagrados os deveres que temos de cumprir entre
nossos irmãos de Humanidade, muito mais o são os que temos de cumprir na
família, porque, além dos vínculos que nesta existência nos unem, temos sempre
histórias passadas com os nossos familiares e que se enlaçam com a história
presente. (P. 80)
65. O espírita, ciente de que não há efeito sem causa, deve
ver na sua família um grupo que lhe foi dado em custódia e para o qual tem
muitos deveres a cumprir e muitos sacrifícios a fazer. Sua conduta na família
deve, assim, ser um belo modelo de todas
as formas da virtude, para que o exemplo
possa um dia levar à compreensão ou pelo menos à tolerância de parte dos
seus. (PP. 81 e 82)
*
Findo o estudo, foram lidas as respostas dadas às perguntas
propostas. Ei-las:
1. Por que motivo
Miguel Vives recomenda-nos que tenhamos prudência?
A razão disso é que o espírita, por onde passa e aonde vai,
está sendo observado e estudado; por conseguinte, diz ele, devemos ter bem
presente este conselho: Prudência no pensar, prudência no falar, prudência no
agir. Nossas maneiras e nossos costumes são o primeiro instrumento que todo
espírita deve usar na propaganda doutrinária. Vale mais que nos conheçam
primeiro por nossas obras, do que por nossas palavras. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita,
pp. 71 a
73.)
2. Como deve agir
o espírita para ser, de fato, um bom cristão?
Primeiramente, não esquecer que um dos primeiros
mandamentos da lei é: Amarás ao próximo como a ti mesmo. Há muitos que se
empenham em questões, altercações, rixas e não raro se maltratam. Devemos fugir
inteiramente de tudo isso e perdoar, sem reservas, pagando o mal com o bem,
sempre que possível, sem esquecer jamais a figura do Mestre e Senhor. Ele é o
modelo, a verdade e a vida. Infeliz o espírita que tem a oportunidade de devolver
o bem como pagamento do mal, e não o faz! Infeliz o espírita que pode perdoar e
não perdoa! Pois dias virão em que exclamará: “De que me serviu saber o que
sabia, e de me haver chamado espírita? Mais me valera nada saber, para não
arcar com tamanha responsabilidade!”
(Obra citada, pp. 74 a
76.)
3. Como devemos
lidar com os deveres no seio da família?
Se são sagrados os deveres que temos de cumprir entre
nossos irmãos de Humanidade, muito mais o são os que temos de cumprir na
família, porque, além dos vínculos que nesta existência nos unem, temos sempre
histórias passadas com os nossos familiares e que se enlaçam com a história
presente. Devemos ver na família um grupo que nos foi dado em custódia e para o
qual temos muitos deveres a cumprir e muitos sacrifícios a fazer. (Obra citada, pp. 80 a 82.)
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