Édson perguntou-nos qual é, segundo o Espiritismo, a
primeira necessidade do médium, para que se torne um bom intérprete dos
Espíritos.
Se – do ponto de vista do mecanismo da comunicação – a
mediunidade, em si mesma, não depende do fator moral, do ponto de vista da
assistência espiritual o fator moral torna-se relevante. Médiuns moralizados
contam com o amparo de Espíritos elevados. E por médium moralizado queremos
referir-nos ao médium que pauta sua vida como um autêntico homem de bem,
procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa,
estudiosa, trabalhadora e desinteressada.
A primeira necessidade do médium, conforme inúmeros
estudiosos, é evangelizar-se a si mesmo, antes de entregar-se às grandes
tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma
da vaidade e do personalismo, em detrimento de sua missão.
O médium eficiente é aquele trabalhador que se
harmoniza com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades que atraem
os bons Espíritos e destacando-se pelo cultivo sincero da humildade e da fé, do
devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.
Segundo o que Allan Kardec escreveu em O
Livro dos Médiuns,
as qualidades que atraem os bons Espíritos são:
I. a bondade
II. a benevolência
III. a simplicidade do coração
IV. o amor ao próximo
V. o desprendimento das coisas materiais.
Os defeitos opostos a essas qualidades, evidentemente,
os afastam de nós.
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