Demos sequência ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar,
de Londrina-PR, ao estudo sequencial do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de Miguel Vives y Vives,
conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.
Eis as três questões propostas para debate inicial:
1. Diante
da dor, como devem os espíritas proceder?
2. Que é que os Centros Espíritas
devem fazer para atrair os Bons Espíritos?
3. Muitos dizem: “Que sorte a minha
ter conhecido o Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?
Foi feita, em seguida, a leitura do texto abaixo, que
serviu de base aos estudos da noite, verificando-se, a cada item lido, os
comentários pertinentes:
90. Todo espírita submetido a grandes dores mantenha-se
forte, cheio de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça
Divina. E se a tentação o envolver, que se defenda com a prece, com o amor
pelos que sofreram por Jesus, sem esquecer jamais que, por trás da dor
suportada com alegria e calma, virá a felicidade na vida eterna. (P. 106)
91. Em nota de rodapé, Herculano Pires diz que a revolta aumenta
a dor e intensifica o sofrimento, enquanto a resignação favorece a ação
benéfica dos Bons Espíritos, sempre prontos a auxiliar os que sofrem. A prece -
diz ele - é o grande lenitivo das dores sem remédio. Por ela, o Espírito em
provas estabelece ligação fluídica com os seus Benfeitores Espirituais, que lhe
darão o alívio possível e a força moral necessária para suportar a provação até
o fim. (P. 106)
92. Os Centros Espíritas - afirma Miguel Vives - devem ser
a Cátedra do Espírito da Verdade, porque, se não servirem ao Espírito de luz,
sofrerão a influência do Espírito das trevas. (P. 107)
93. Não há fórmula para atrair os Espíritos de luz; por
isso, é necessário observar algumas regras para atraí-los e fazer-lhes
agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser
casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de
abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que possam atrair os
Bons Espíritos. (PP. 109 e 110)
94. O diretor de um Centro Espírita deve ser, em tudo, um
exemplo. Não deve ele olvidar que se encontra revestido de um encargo que,
embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus. (P.
110)
95. Por causa disso, todo diretor de Centro deve viver
sempre apercebido dos seus deveres, mantendo o seu pensamento bem elevado,
praticando a oração mental e tendo sempre em mente as leis divinas do
Evangelho. (P. 111)
96. Com doçura, amor e palavra persuasiva, mansa e
tolerante, deve o diretor corrigir tudo aquilo que possa ser causa de atração
para o Espírito das trevas, de maneira que este não encontre meios de
interferir nos ensinos e exortações que se recebem no Centro. (P. 112)
97. Constitui obrigação do diretor fazer que os
frequentadores da sessão estejam conscientes do ato que irão realizar, a fim de
evitar que más influências impeçam a recepção das instruções do Espírito da
Verdade. (P. 112)
98. Se o participante do Centro notar deficiências ou
descuidos de parte do diretor, não deve entregar-se à murmuração e à crítica, mas
recorrer à prudência, para saber o que pode ser relevado e o que precisa ser
corrigido. Se necessário recorrer à exortação ou à advertência, é melhor, antes
de tudo, consultar os irmãos de maior critério, prudência e caridade. (P. 113)
99. Alguns irmãos às vezes dizem: “Que sorte a minha, por
ter conhecido o Espiritismo!” Realmente, é uma grande vantagem conhecê-lo, se
quisermos bem empregar o tempo em nossa atual existência, mas esse conhecimento
nos traz também grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos
viver como vive o comum dos mortais. (P. 114)
100. Temos de combater os nossos defeitos, adquirir
virtudes, viver apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens
admirem o Pai e se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção
que temos de fazer em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das
futilidades e o aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação
e a um trabalho constante. (PP. 114 e 115)
101. Se nos extasiarmos com as vantagens que o Espiritismo
oferece, esquecendo-nos das obrigações que ele nos acarreta, o que será de nós?
(P. 115)
*
No final do estudo, foram lidas e comentadas as respostas
dadas às três perguntas propostas.
Ei-las:
1. Diante da dor, como devem
os espíritas proceder?
Devem manter-se fortes,
cheios de calma, de amor ao Pai, de resignação e de submissão à Justiça Divina,
sem esquecer jamais que, por trás da dor suportada com alegria e calma, virá a
felicidade na vida eterna. A revolta aumenta a dor e intensifica o sofrimento,
enquanto a resignação favorece a ação benéfica dos Bons Espíritos, sempre
prontos a auxiliar os que sofrem. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pág. 106.)
2. Que é que os Centros Espíritas devem fazer para atrair
os Bons Espíritos?
Para tal fim é necessário
observar algumas regras e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões.
Assim, os Centros Espíritas devem ser efetivamente casas de amor, de caridade,
de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e
de justiça, a fim de que, assim agindo, possam atrair os Bons Espíritos. (Obra
citada, pp. 107 a
110.)
3. Muitos dizem: “Que sorte a minha ter conhecido o
Espiritismo!”. Como Miguel Vives analisa esse pensamento?
Diz ele que,
realmente, é uma grande vantagem conhecer o Espiritismo, se quisermos bem empregar
o tempo em nossa atual existência. Ocorre que esse conhecimento nos traz também
grandes deveres a cumprir, porque nós espíritas não podemos viver como vive o
comum dos mortais. Temos de combater nossos defeitos, adquirir virtudes, viver
apercebidos. Temos de ser a luz e o exemplo, para que os homens admirem o Pai e
se convertam, entrando na via de purificação. Mas a correção que temos de fazer
em nós mesmos, o combate aos defeitos, o abandono das futilidades e o
aperfeiçoamento das virtudes, obrigam-nos a uma auto-observação e a um trabalho
constante. (Obra citada, pp. 114 e 115.)
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