Fábio fez-nos a seguinte observação: – Já ouvi
diversas vezes pessoas reportar-se ao caráter consolador do Espiritismo.
Gostaria que você falasse algo a respeito.
Certa vez perguntaram à conhecida confreira Guiomar
Albanese, dirigente do Centro Espírita Perseverança, da Capital paulista, qual
era, dentre as aflições humanas, a que mais sofrimento causava nas pessoas que
ela atendeu ao longo da vida.
D. Guiomar não teve dúvida e respondeu que, de todas
as aflições que acometem as pessoas que buscam a Casa espírita, o que mais
perturba a criatura humana não é a aflição ou a dor em si mesma, mas o
desconhecimento dos motivos pelos quais as pessoas sofrem.
Como sabemos, muitos que chegam ao Espiritismo são a
isso motivados pela dor, pelo sofrimento, pelas aflições, que muitas vezes
parecem insuportáveis até que se lhes conhece a gênese, a origem, um dado
importante para que a resignação acompanhe os momentos difíceis.
É nisso que se revela o caráter consolador do
Espiritismo, que procura nos tempos modernos cumprir a promessa feita por Jesus
acerca do Consolador, que o Pai enviaria em seu nome para dar continuidade à
tarefa iniciada com o Evangelho.
É esse caráter que encanta e prende as pessoas que
tomam contato com o Espiritismo.
Doutrinadas por adversários gratuitos do Espiritismo,
quando elas entram numa Casa espírita verificam que nada do que ouviram dos
detratores do Espiritismo é verdade. As palestras, os conselhos, as orientações
são todas revestidas da proposta de que é preciso transformar-se e praticar o
bem, uma vez que no Evangelho encontraremos sempre o caminho para sermos
efetivamente felizes.
Muitas vezes o problema, a dificuldade ou a dor
continuam na vida da pessoa, mas seu entendimento é, graças ao conhecimento
espírita, inteiramente diferente e torna-se geralmente o fundamento de uma
resignação que noutros tempos talvez fosse impossível.
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