Realizamos
ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar a penúltima etapa do estudo do livro
O Tesouro dos Espíritas, de Miguel
Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.
Estas foram
as questões propostas para o debate inicial:
1. Que
cuidados deve a Casa Espírita tomar com relação ao envolvimento político?
2. Como
encarar a participação do espírita na política?
3. Como os
espíritas devem tratar a questão sexual?
Foi realizada
em seguida a leitura do texto que serviu de base aos estudos da noite,
verificando-se, a cada item lido, os comentários pertinentes:
175. Os
espíritas devem ter o maior cuidado em evitar as infiltrações políticas nas
sociedades espíritas, particularmente nos Centros Espíritas, que devem ser
casas de oração e de paz, de amor e fraternidade. Os Centros que se deixam
levar pela política estão preferindo César a Deus, desvirtuando as suas
funções, desviando-se dos caminhos árduos do espírito e mergulhando no caminho
largo e fácil das comodidades materiais. (P. 193)
176. Nem por
isso, entretanto, o espírita deve abster-se dos seus deveres políticos. Pelo
contrário, esses deveres devem ser cumpridos escrupulosamente. (P. 195)
177. O
primeiro dever do espírita é servir. E para servir ele não precisa de cargos em
partidos políticos ou na administração pública. Jesus não precisou da política
romana ou da judaica para cumprir a mais bela e mais eficaz de todas as missões
políticas já realizadas no mundo. Kardec não precisou da política francesa,
para implantar na França e no mundo a política de amor do Espiritismo. (P. 196)
178. Em
resumo: O espírita, desde que aceitou o Espiritismo, alistou-se na política do
amor universal, mas seu único partido é
o do Reino de Deus e sua plataforma política é o Sermão da Montanha. Caso seja
levado a cargos públicos, não deve jamais esquecer a sua qualidade de espírita
e tudo fazer para que a luz que nele há não sejam trevas. Amor e caridade devem
constituir suas armas políticas, mesmo que isso lhe custe a oposição dos
próprios companheiros. (P. 198)
179. Os
homens fizeram do sexo um motivo de escândalo, mas o espírita não pode encarar
a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da Criação
e existe em todos os Reinos da Natureza. (P. 199)
180. O
Cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição. Mas o
Espiritismo reconsidera a questão, colocando-se num meio-termo entre os
exageros pagãos e cristãos. O sexo é um grande campo de experiências para o
Espírito em evolução e é através dele que a lei da reencarnação se processa na
vida terrena. Como pois considerá-lo impuro e repelente? (P. 200)
182. Na
escola espírita, o problema deve ser colocado com o mesmo cuidado, pois a
situação é ainda mais melindrosa, visto que as crianças pertencem a famílias
diferentes. É perigosa a chamada “atitude científica”, geralmente seguida nos
ginásios pelos professores de ciências. A frieza científica não leva em
consideração as sutilezas psicológicas e, em verdade, a questão é mais de
pedagogia do que de ciências. (P. 203)
183. O jovem
espírita, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a
desequilíbrios sexuais, que podem ter duas fontes principais: os abusos e
vícios do passado, cometidos em encarnações desregradas, e as influências de
entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. É
por isso que o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande
senso de responsabilidade, no que os médicos espíritas podem ajudar muito as
Mocidades Espíritas. (P. 204)
184.
Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital,
o espírita ao mesmo tempo se corrige e modifica o ambiente em que vive,
afastando do mesmo os Espíritos viciosos e maliciosos, que não mais encontram
pasto para os seus abusos. (P. 205)
185. Nos
casos dolorosos de inversão sexual, o espírita vê-se geralmente em dificuldade. O mais
certo é apelar para os conhecimentos doutrinários e para o poder da prece,
ajudando o irmão em desajuste a lutar corajosamente para a sua própria
recuperação. Trabalhos mediúnicos bem orientados, preces, leituras e estudos,
conversações instrutivas e passes espirituais, aplicados de maneira metódica,
poderão ajudar muito o irmão que queira realmente reequilibrar-se. (P. 207)
186. Ninguém
está condenado ao vício e ao desequilíbrio, a não ser pela sua própria vontade
ou falta de vontade para reagir. Encaremos o sexo como uma manifestação do
poder criador, tratando-o com o devido respeito, e mudaremos a nós mesmos, aos
outros e à sociedade em que vivemos. (P. 208)
Na conclusão
do estudo, foram lidas e comentadas as respostas dadas às perguntas propostas:
1. Que cuidados deve a Casa Espírita tomar
com relação ao envolvimento político?
Os espíritas
devem ter o maior cuidado em evitar as infiltrações políticas nas sociedades
espíritas, particularmente nos Centros Espíritas, que devem ser casas de oração
e de paz, de amor e fraternidade. Os Centros que se deixam levar pela política
estão preferindo César a Deus, desvirtuando as suas funções, desviando-se dos
caminhos árduos do espírito e mergulhando no caminho largo e fácil das
comodidades materiais. (O Tesouro dos
Espíritas, 2ª Parte, Marcha para o Futuro, p. 193.)
2. Como encarar a participação do espírita
na política?
O primeiro
dever do espírita é servir. E para servir ele não precisa de cargos em partidos
políticos ou na administração pública. Jesus não precisou da política romana ou
da judaica para cumprir a mais bela e mais eficaz de todas as missões políticas
já realizadas no mundo. Kardec não precisou da política francesa, para
implantar na França e no mundo a política de amor do Espiritismo. O espírita,
desde que aceitou o Espiritismo, alistou-se na política do amor universal, mas
seu único partido é o do Reino de Deus e sua plataforma política é o Sermão da
Montanha. Caso seja levado a cargos públicos, não deve jamais esquecer a sua
qualidade de espírita e tudo fazer para que a luz que nele há não sejam trevas.
Amor e caridade devem constituir suas armas políticas, mesmo que isso lhe custe
a oposição dos próprios companheiros. (Obra
citada, pp. 196 a
198.)
3. Como os espíritas devem tratar a questão
sexual?
Os homens
fizeram do sexo um motivo de escândalo, mas o espírita não pode encarar a
questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da Criação e
existe em todos os Reinos da Natureza. O Cristianismo condenou o sexo e fez
dele a fonte de toda a perdição. Mas o Espiritismo reconsidera a questão,
colocando-se num meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O sexo é um
grande campo de experiências para o Espírito em evolução e é através dele que a
lei da reencarnação se processa na vida terrena. Como, pois, considerá-lo
impuro e repelente? A educação sexual deve ser encarada seriamente nos meios
espíritas e não pode ser deixada à margem da pedagogia espírita. No âmbito da
família, a atitude mais acertada é a de não se responder com mentiras doiradas
às indagações das crianças sobre questões sexuais. Mas não se deve também
responder de maneira crua. A regra mais certa é a resposta verdadeira, de maneira
indireta. Por exemplo: se a criança perguntar: “Como a gente nasce?”, deve-se
responder: “Da mesma maneira que os gatinhos”. Começando assim, os próprios
pais vão descobrindo a técnica de vencer as dificuldades, sem embair os filhos
com lendas e mentiras que criariam um ambiente de excitação perigosa. (Obra citada, pp. 199 a 203.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário