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domingo, 1 de junho de 2014

As transformações de nosso tempo e a força do acaso


Rápidas e radicais. Eis os adjetivos com que podemos qualificar as transformações que vêm ocorrendo no mundo nos últimos anos. Na Europa e em vários lugares, os regimes autoritários deram vez à participação popular por meio do voto. Muito pouco sangue foi derramado em face de mudanças tão grandes. Como num passe de mágica, desapareceu o pânico que era consecutivo às hostilidades das superpotências e aos riscos de uma hecatombe nuclear.
Evidentemente, muitos conflitos ainda persistem e estão longe de acabar. O mundo não está isento de grandes provações e a paz não é uma questão resolvida em nosso globo. Mas ninguém contesta que o planeta apresenta neste início de milênio um cenário bem diferente daquele que, cem anos atrás, fomentou a 1ª Guerra Mundial e os conflitos que se seguiram.
A obra Transcomunicação, de Clóvis S. Nunes, lançada há pouco mais de vinte anos pela Edicel, nos levou a pensar que as mudanças políticas e sociais ocorridas na velha Europa, deflagradas em seguida à derrubada do muro de Berlim, coincidiriam com um novo fervilhar de manifestações espíritas semelhante à era das irmãs Fox, cuja consequência foi o advento da Doutrina Espírita. Ney Prieto Peres já havia se referido ao fato em palestra realizada na Universidade Estadual de Londrina no ano anterior.
Milhares de pesquisadores, sobretudo na Alemanha, debruçavam-se então sobre a tentativa de obtenção, por meio de instrumentos eletrônicos, das provas da sobrevivência da alma e do estabelecimento de um intercâmbio regular entre nós e os chamados mortos.
O tempo passou e pouco se avançou nas referidas pesquisas.
Deve haver, certamente, motivos para isso. Talvez não haja soado a hora para que uma nova eclosão de fenômenos espíritas se verifique no Velho Mundo, mas que tal fato ocorrerá não tenhamos dúvida.
Claro que os espíritas brasileiros não necessitam de provas acerca da imortalidade da alma e da possibilidade de intercâmbio entre nós e o plano espiritual. É preciso, contudo, convir que o sucesso da comunicação via instrumento eletrônico, por não poder ser negado pela ciência materialista, há de determinar uma mudança de rumos nos currículos escolares e na visão das diferentes disciplinas científicas. A alma ou Espírito passará a ser, então, objeto de pesquisa e não simplesmente o produto de uma crença particular e mística, em que se apoiam as religiões dogmáticas.
Obviamente, as mudanças rápidas e radicais que já se verificam em nosso mundo não podem ser atribuídas ao mero acaso. O acaso, como já lembramos diversas vezes, não existe. Trata-se de um projeto mais amplo, como alguns Espíritos já disseram nas diversas oportunidades em que puderam ser ouvidos nas experiências de transcomunicação instrumental. “Vocês pesquisam aí e nós pesquisamos aqui, sempre com o mesmo objetivo”, eis como se podem resumir as informações que os imortais nos transmitem para dizerem que a vida continua e não se resume ao acanhado cenário do globo em que vivemos.




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