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sábado, 19 de julho de 2014

Novo hino nacional brasileiro


JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Leitora amiga, meu bom leitor, em minha última crônica, prometi-lhes que abordaria as crônicas mediúnicas recebidas pelo Chico. Hoje, Joteli deveria postar “Comunicar é preciso XVI” e tratar sobre “paralelismo frasal”, porém, a meu pedido, cedeu seu espaço para nova crônica; pois estou um pouco “aperreado”, nestes dias, com a leitura das obras franciscanas, e tirei o tempo para escrever-lhes estas mal traçadas linhas.
Há algum tempo, houve um concurso para mudar a letra do hino nacional brasileiro. Na época, nenhuma proposta fora suficientemente criativa e inspiradora para substituir tão elevada composição do espírito...
Nosso hino canta a placidez de nossas margens, que ouviram do Ipiranga o brado de D. Pedro I, confundido com o do povo; enaltece o “sol da liberdade” e o braço forte da igualdade brasileira.
Nosso hino exalta o desafio feito por nosso peito à própria morte e oferece duas salvas à pátria amada, idolatrada, ainda que nem todos conheçam a letra do seu hino nacional.
Nosso hino aponta o símbolo da cruz no céu risonho e límpido do Brasil, “um sonho intenso”. E eis aqui o primeiro problema: precisamos acordar para ver o “raio vívido” de “amor e de esperança”, que à terra desce.
Sim, o Brasil é “gigante pela própria natureza”, é “terra adorada entre outras mil”, é “gentil”, é pátria “idolatrada”... Mas, caramba! não pode ficar “deitado eternamente em berço esplêndido”, precisa levantar-se, pois até o baiano já se cansou de ficar na rede e se ergueu para pegar a nota perdida de cem reais que viu a três metros de onde estava.
É bem verdade que, primeiro, orou para ver  se Deus mandava um ventinho soprá-la para perto de si; mas, vendo que seu primeiro esforço fora inútil, fez nova força, desceu da rede, dirigiu-se até a cédula, abaixou-se, pegou a nota, colocou-a no bolso e...
Outra coisa, por que só “paz no futuro e glória no passado”? Queremos também a glória no presente.
E, para finalizar, nada de enaltecer a luta contra a “clava forte” erguida por seus irmãos, cultuemos a paz, a igualdade e a fraternidade, junto com o trabalho, o investimento na saúde, na educação e na justiça social para todos, como, aliás, prevê nossa Carta Magna.
Assim, ninguém vai pensar em erguer a clava forte contra nós, com toda a certeza.
Nessa época de futebol, uma emissora de TV propôs a substituição do “hino brasileiro” da Copa do Mundo por outro, mas se nem nosso hino nacional, tão pouco decorado, foi trocado, como substituir o que o povo já decorou?
Então, meu caro leitor, como estive ausente na época do concurso para trocar a letra de nosso hino por outra, agora que estou presente, proponho-lhe interceder, junto com sua amada, a todos os brasileiros, para aprovarem minha proposta de sua nova letra.
Quanto à música, deixo-a ao encargo do nosso maestro Isaac Karabtschevsky, a quem muito admiro. Como não tenho seu endereço, peço a você que me lê a pequena gentileza de encaminhar a letra ao músico...
Eis a letra do “Novo hino nacional brasileiro”:

Esta nação do canto do sabiá
não foi feita por Deus, nosso Senhor,
para a guerra, para ato de terror,
o lema do seu povo é trabalhar.

Seu Cruzeiro do Sul, entre as estrelas,
desse fraterno traço em teto astral,
fez nos céus, muito além de engrandecê-las,
a marca de união universal.

Essa cruz é o sinal de redenção
do Brasil, como pátria do Evangelho,
cuja meta é mostrar ao mundo velho
que é na paz que se faz uma nação.

Eis que somos a síntese das raças,
nosso povo é feliz e acolhedor,
nossas terras e rios têm mil garças,
piracema, ouro preto e muito amor.

Sob as luzes do nosso céu de anil,
contemplado por ninfas, nuvens níveas,
cereais, campos verdes, mil orquídeas
pátria amada e gentil, és tu, Brasil.

O que você acha disso, amiga leitora, gostou? Então divulgue, encaminhe para as nossas autoridades, envie às escolas, aos hospitais e até aos cemitérios...
Quem sabe assim nos levantamos e nos tornamos, como propôs meu amigo Humberto de Campos, o “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”, aliado ao trabalho, à solidariedade e à tolerância?!
Chega de lutas e guerras fratricidas, queremos paz.
Chega de preguiças, de rapinagens e de mortes, cultuemos a vida e a honestidade.
Chega de demagogias políticas, queremos um governo honesto.
Comecemos, então, por banir do nosso hino qualquer menção à violência.
Troquemo-lo por esse, que trata da paz e do amor... mas se você tiver melhor proposta, apresente-a, amigo leitor. Afinal, somos ou não, democratas?
Você promete, leitora amiga, promete que vai nos apoiar nessa saga do bem? Ainda bem... Que bom! Conto consigo.
Se não, ao menos mostre que tem personalidade forte: decore o hino atual ou defenda suas estrofes.




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