CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Foi por ouvir
as notas musicais lançadas pelo piano de cauda, que minha lembrança reagiu com
a emoção tão profunda, sentida. Quanta saudade da minha casa cujo um dia lá
também foi, dos momentos das existências que lá vivi e tão marcantes me foram.
Recordo-me
dos pequenos paralelepípedos das ruas antigas da Europa que amo, do tempo que
caminhava até a escola e, assim, sucessivamente, com os outros dias. Parece que
vejo à minha frente toda a construção mais antiga e sinto a atmosfera com vento
mais friozinho, no entanto, aquecendo minha alma com alegria. Sei que já fui
cidadã dos seus vários países, dos mais frios com neve constante até os que respeitam
disciplinadamente as estações.
Vejo, de
olhos fechados, as estradas rurais com as plantações organizadas em carreiras
tão bem distribuídas, os parreirais de uva, a energia dos girassóis e os campos
de tulipas. Avisto os castelos antigos que se tornaram monumentos de visitação
e continuaram, todos, com o encanto o qual foram criados.
Ah, mas o que
mais me deixa curiosa e surpresa é a saudade tão profunda que sinto dos
costumes; do aroma; da história vivida; da comida nutritiva e natural, sem
nenhum conservante; dos animais que via nos prados verdes normalmente molhados
pela chuva; quanta saudade da vida que um dia vivi nos campos europeus.
Entretanto,
junto do ar tão bucólico, as cidades também foram, na verdade, o maior tempo de
cenário, pois me formei em universidades bastante conceituadas em termos
literários e linguísticos.
Desenvolvi
projetos observados com muita sobriedade para o progresso da aprendizagem de
idiomas latinos. E como amava todo o processo educacional, tanto o que recebia
e também o que pouco já podia ministrar.
Pois é,
quanta saudade meu espírito sente da Europa dos meus sonhos, por tantas vezes
ter vivido em seu solo e adquirido um pouquinho mais de experiência; sim,
quanta saudade. Sei que em uma vez mais e outras muitas voltarei para o seu ar,
para o seu ambiente tão característico. No entanto, valorizo muito esta
oportunidade de estar na América do Sul, país onde se denominou a Pátria do
Evangelho, apenas sinto a saudade do que me tão intenso e importante foi, as
minhas muitas existências das terras antigas do Continente Europeu.
E aqui, neste
país de tanta emoção, a cada amanhecer, inicio novo aprendizado com os meus
próximos irmãos, os quais tanto necessito da sua presença. Todos se encontram
onde mais precisam, embora, em muitos casos, não seja onde desejariam.
Portanto,
estou onde devo estar, mas plenamente feliz por mais esta oportunidade e por
tantas mais existidas na Europa dos meus dias, na minha terra de palavras
também latinas e inglesas, da cultura antiga que compartilha ainda na
atualidade do tempo.
Onde nos
encontramos é onde mais podemos caminhar, crescer e fazer ações em prol do bem
coletivo e do progresso do mundo. E oxalá que as lembranças sejam sempre de
bons sentimentos e de proveitosas, quando, assim, permitidas, recordações.
Então, que a estrada da vida e o presente dos dias sejam à luz do
esclarecimento e do amor.
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