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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Por que a população da Terra aumenta sem cessar?


Um leitor apresenta-nos uma questão já levantada anteriormente por outros leitores. Trata-se do crescimento populacional da Terra. Pergunta ele como podemos justificar, à luz da doutrina da reencarnação, o aumento contínuo da população do planeta. De onde viria esse acréscimo extraordinário que se verifica a cada ano em nosso globo?
O crescimento da população da Terra tem sido, como sabemos, utilizado com frequência pelos que combatem a ideia da reencarnação, mas essa é, em verdade, uma crítica infantil à tese da palingenesia.
É bom recordar que em 1964, em mensagem publicada no "Anuário Espírita", André Luiz (Espírito) revelou-nos que a população desencarnada da Terra andava perto de 21 bilhões de Espíritos. Como o planeta registrava na época cerca de 3 bilhões de habitantes – equivalente a 1/8 do contingente total de encarnados e desencarnados –, não é difícil entender que a margem para o crescimento populacional em nosso globo é muito grande.
Há, além disso, um fato que os espíritas conhecem e que tais pessoas evidentemente ignoram, que é o processo migratório que se verifica entre os diferentes planetas, de tal modo que podemos comparar nosso globo a uma cidade universitária que recebe periodicamente novas levas de estudantes provenientes de outras localidades.
Lemos em O Evangelho segundo o Espiritismo uma mensagem assinada pelo Espírito de Santo Agostinho que nos dá uma informação importante a respeito da composição dos habitantes da Terra:

“As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.
Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos na Terra; já estiveram noutros mundos, donde foram excluídos em consequência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.” (O Evangelho segundo Espiritismo, cap. III, item 14.)

Obviamente, o aumento do número de habitantes encarnados guarda relação com as possibilidades de subsistência que o globo apresenta, o que indica que esse aumento chegará um dia, com toda a certeza, a um limite, quando o percentual dos nascimentos deverá, então, ser equivalente ao percentual dos falecimentos, fazendo com que o número de habitantes na Terra se torne estável. 



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