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domingo, 14 de dezembro de 2014

A reencarnação e o seu desafio


A reencarnação, ou seja, a passagem do Espírito por uma nova experiência no plano terráqueo em que nos encontramos, apresenta um objetivo definido, ao qual já nos reportamos neste mesmo espaço: alcançar a perfeição. Perfeição no tocante aos valores morais, perfeição no tocante aos valores intelectuais.
Na resposta dada à questão 204 de seu livro “O Consolador”, Emmanuel escreveu: “O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita”.
Ocorre que nessa caminhada apresentam-se alguns desafios, a que Manoel Philomeno de Miranda se reporta no cap. 21 da obra “Painéis da Obsessão”, psicografada pelo médium Divaldo Franco.
Lembra-nos ele que nenhuma existência física se encontra entregue ao azar, destituída da carinhosa ajuda e dos socorros providenciais que nos são prodigalizados pelos benfeitores espirituais.
Embora uma faixa larga de reencarnações se processe através de fenômenos automatistas, obedecendo a uma programação coletiva, isso não se dá sem que os Espíritos encarregados dos renascimentos no planeta tomem conhecimento cuidadoso e ofereçam aos reencarnantes os meios para isso necessários.
Tais pessoas, que julgamos viver em aparente desvalimento e sem o amparo da Providência, sincronizam-se com os mecanismos de ação automática a cargo de benfeitores espirituais especializados nessa tarefa, que os separam pelos valores adquiridos, para atendimento mais bem cuidado, conforme as realizações de cada um.
Além desses casos, quando são objetivadas realizações especiais, os benfeitores atendem diretamente os candidatos que se oferecem para a aplicação dos seus valores ético-morais, os quais, recuperando-se dos dolorosos compromissos do passado, aceitam os impositivos severos que se tornam necessários para a sua edificação.
Organizam-se então planos que são submetidos aos interessados, que passam a receber, de imediato, conveniente atendimento, de modo a afastar a possibilidade de um novo fracasso, que pode, no entanto, ocorrer, visto que o livre-arbítrio, apanágio do Espírito imortal, permite-lhe fazer ou não o que deve, de eleger o bem ou o mal, de optar pelo prazer de agora ou pela felicidade futura...
Esse fracasso custará, obviamente, tormentoso tributo e pesado ônus para quantos retornem à pátria espiritual vencidos e fracassados, por invigilância, engodo ou presunção.
Lutar pelo aprimoramento íntimo, aplicando todas as forças para vencer as más inclinações e burilar as tendências superiores, tornando-as mais sensíveis às conquistas espirituais relevantes, eis o grande desafio da reencarnação, que somente será vencido por meio do esforço diário, constante e especial com que nos apliquemos à tarefa, ao longo da jornada.


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