Uma
amiga leitora, reportando-se às descrições feitas por André Luiz no cap. 1 do
livro Obreiros da Vida Eterna,
pergunta-nos se há semelhanças entre o que ali é descrito e o que vemos no
ambiente em que nós, encarnados, vivemos.
O trecho
referido por ela é adiante resumido:
“O Instrutor Metelo insistiu em que não
podemos desdenhar a honra de servir, de conformidade com os desígnios do Divino
Mestre Jesus, recordando que a semeadura do bem produzirá a felicidade sem fim.
Depois, após invocar as Forças Divinas, raios de claridade azul-brilhante
choveram no recinto, trazendo a resposta do Plano Superior. Foi quando Metelo
fez exibir num grande globo de substância leitosa, situado na parte central do
Templo, vários quadros vivos do seu campo de ação nas zonas inferiores.
Tratava-se de fotografia animada, com apresentação de todos os sons e minúcias
anatômicas inerentes às cenas observadas por ele, em seu ministério de bondade
cristã. Desencarnados infelizes, em despenhadeiros de dor, imploravam piedade.
Monstros de variadas espécies, desafiando as antigas descrições mitológicas,
compareciam horripilantes, ao pé de vítimas desventuradas. As paisagens não
somente emocionavam: infundiam terror.” (Obra citada,
cap. 1, pp. 21 e 22.)
Preliminarmente,
é preciso lembrar que o livro Obreiros da
Vida Eterna apareceu em 1946, quando a televisão engatinhava na Terra e não
existiam o videocassete nem o DVD. As televisões de plasma e LCD também nem de
longe se podia imaginar que um dia existiriam.
Ora, o globo
de substância leitosa, mencionado no texto, se fosse descrito hoje, não
causaria a ninguém surpresa alguma, porque o Instrutor Metelo projetava ali
tão-somente cenas gravadas de eventos que ele havia observado, as quais André
Luiz descreveu como sendo “fotografia animada”, algo hoje tão banal e
corriqueiro.
Os
sofrimentos mencionados no texto aparecem em obras diversas. Os ambientes
descritos, as mutilações, as paisagens são geralmente criações mentais cujo propósito
final é propiciar a expiação dos crimes e erros cometidos no passado, o que
confirma duas lições evangélicas bastante conhecidas: I) a cada um será dado
conforme suas obras; II) a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória.
Bom dia prezado Senhor Astolfo, na cidade em que mora está acontecendo um festival de visitas nas residências solicitando donativos para os mais necessitados. Daí, a minha pergunta, as dificuldades que passamos não são em razão de nossas dívidas? Ajudar saldar dívidas de sentenças divinas não estaríamos deseducando? Não estaríamos viciando?
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