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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A semeadura é livre, mas a colheita...



Uma amiga leitora, reportando-se às descrições feitas por André Luiz no cap. 1 do livro Obreiros da Vida Eterna, pergunta-nos se há semelhanças entre o que ali é descrito e o que vemos no ambiente em que nós, encarnados, vivemos.
O trecho referido por ela é adiante resumido:

“O Instrutor Metelo insistiu em que não podemos desdenhar a honra de servir, de conformidade com os desígnios do Divino Mestre Jesus, recordando que a semeadura do bem produzirá a felicidade sem fim. Depois, após invocar as Forças Divinas, raios de claridade azul-brilhante choveram no recinto, trazendo a resposta do Plano Superior. Foi quando Metelo fez exibir num grande globo de substância leitosa, situado na parte central do Templo, vários quadros vivos do seu campo de ação nas zonas inferiores. Tratava-se de fotografia animada, com apresentação de todos os sons e minúcias anatômicas inerentes às cenas observadas por ele, em seu ministério de bondade cristã. Desencarnados infelizes, em despenhadeiros de dor, imploravam piedade. Monstros de variadas espécies, desafiando as antigas descrições mitológicas, compareciam horripilantes, ao pé de vítimas desventuradas. As paisagens não somente emocionavam: infundiam terror.” (Obra citada, cap. 1, pp. 21 e 22.) 

Preliminarmente, é preciso lembrar que o livro Obreiros da Vida Eterna apareceu em 1946, quando a televisão engatinhava na Terra e não existiam o videocassete nem o DVD. As televisões de plasma e LCD também nem de longe se podia imaginar que um dia existiriam.
Ora, o globo de substância leitosa, mencionado no texto, se fosse descrito hoje, não causaria a ninguém surpresa alguma, porque o Instrutor Metelo projetava ali tão-somente cenas gravadas de eventos que ele havia observado, as quais André Luiz descreveu como sendo “fotografia animada”, algo hoje tão banal e corriqueiro.
Os sofrimentos mencionados no texto aparecem em obras diversas. Os ambientes descritos, as mutilações, as paisagens são geralmente criações mentais cujo propósito final é propiciar a expiação dos crimes e erros cometidos no passado, o que confirma duas lições evangélicas bastante conhecidas: I) a cada um será dado conforme suas obras; II) a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória.



Um comentário:

  1. Reinaldo Cantanhêde Lima19 de dezembro de 2014 às 10:34

    Bom dia prezado Senhor Astolfo, na cidade em que mora está acontecendo um festival de visitas nas residências solicitando donativos para os mais necessitados. Daí, a minha pergunta, as dificuldades que passamos não são em razão de nossas dívidas? Ajudar saldar dívidas de sentenças divinas não estaríamos deseducando? Não estaríamos viciando?

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