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domingo, 14 de junho de 2015

Zezé Bergamo



Zezé, Bizé, Maria José... O nome pouco importava. Ao pronunciá-lo, todos sabíamos que seríamos atendidos, fosse no âmbito da família, no recinto de um hospital ou num recanto qualquer da Casa Espírita.
Hoje, dia 14, faz oito dias que ela partiu.
Quem não é espírita, certamente há de perguntar: Partiu para onde?
Partiu para um lindo lugar de onde, pouco mais de 73 anos atrás, ela saiu para constituir em nosso país uma linda família.
Partiu para se reencontrar com o companheiro amado, que havia regressado mais cedo, como que dando curso a uma programação em que alguém chega primeiro para preparar a recepção aos que virão depois.
Ligada desde a criação desta revista(1) ao grupo de companheiros que fundou e mantém este projeto, Zezé Bergamo (foto) fez por nós o que já fizera antes e também depois em todos os lugares por onde passou e em todos os empreendimentos a que se dedicou, com uma abnegação pouco vista e por isso admirada por todos.
Sua atuação na existência ora finda provou que é possível, mesmo no mundo atribulado em que estamos, atender aos deveres de natureza familiar sem nos esquecermos do compromisso que temos para com os outros nossos irmãos, especialmente os que sofrem.
Ligada há vários anos, tal como seu irmão Cid, às atividades do Hospital do Câncer de Londrina, não há, entre as pessoas que ali servem, quem desconheça a importância do trabalho que ela realizava, o que era reconhecido também, e principalmente, pelos familiares dos pacientes que naquele hospital se encontravam internados.
Vinculada a várias atividades na Casa Espírita, integrava também o Grupo Esperança, que realiza numa das salas do Hospital do Câncer um trabalho inspirado por Lucilla Ballalai, denodada trabalhadora espírita que fundou o conhecido estabelecimento hospitalar. No citado Grupo são acolhidos e orientados, além de muitos outros, Espíritos de irmãos que desencarnam no aludido hospital, bem como realizado o importante trabalho de preces e vibrações pelos enfermos ali hospitalizados.
O trabalho de Zezé Bergamo ia, evidentemente, muito além de tudo isso e nem é preciso mencionar o carinho e a diligência com que atendia e buscava resolver as dificuldades de cada filho, de cada neto, de cada familiar, que tinham nela aquilo que popularmente chamamos de porto seguro.
Zezé Bergamo partiu, mas sabemos que em espírito ela jamais estará ausente e muito menos distante dos seus queridos familiares e de todos aqueles a quem dedicou horas preciosas do seu tempo e a própria vida.
É essa certeza que nos conforta e consola, porque aprendemos, nas lições do Espiritismo, que a morte efetivamente não existe, pois constitui tão somente uma mudança de endereço daquele que parte, sem afetar o amor, o carinho e a estima que unem as pessoas que realmente se amam.
Feliz regresso à pátria espiritual à querida amiga, eis os votos de todos nós que fazemos parte da equipe que semanalmente busca levar uma palavra de conforto e de esclarecimento a todos que nos leem.


(1) O presente texto foi redigido para ser o editorial da edição 418, de 14/6/2015, da revista “O Consolador” - http://www.oconsolador.com.br/ano9/418/editorial.html



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